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Luta pela bola: Javier Toledo vai para cima de Juninho, tentando evitar a reposição rápida do goleiro paranista | Albari Rosa/Gazeta do Povo
Luta pela bola: Javier Toledo vai para cima de Juninho, tentando evitar a reposição rápida do goleiro paranista| Foto: Albari Rosa/Gazeta do Povo

Personagem

Serna entra no intervalo, pisa na bola e sai

Ficou no ar a sensação de que, depois de ontem, a vida do atacante Jorge Serna ficará bastante difícil na Arena. Ele entrou no intervalo, jogou 25 minutos, pegou na bola três vezes, errou todas as jogadas (numa delas pisou na bola e caiu sentado) e foi substituído. Mas, segundo o técnico Leandro Niehues, foi só impressão: o atleta deverá continuar ganhando chances.

"Ele entrou, fez duas, três jogadas. Mas as coisas não estavam boas para ele", disse o técnico na entrevista coletiva. "Naquele momento, ou eu preservava o jogador ou preservava o grupo."

Os erros não teriam sido o motivo da substituição. Mas sim o gol atleticano e a necessidade de preservar Paulo Baier fisicamente – com a entrada de Netinho, o meia foi colocado mais à frente, solto. Serna, no entanto, saiu visivelmente chateado.

"Ele deve ter ficado chateado e eu confesso que também fico. Mas hoje alguém tinha de ser sacrificado e foi ele."

No vestiário, o treinador e Baier foram conversar com o atleta. Tudo teria sido resolvido e Serna, mesmo sendo a pior figura em campo, tem boas chances de atuar contra o Operário.

Na súmula, o gol foi anotado para Javier Toledo. Na saída do gra­mado, o próprio atacante de­­clarou ter dado uma "casquita na pelota". No vestiário, acabou co­­brado por Paulo Baier sobre o que havia acontecido no lance e voltou a trás. No fim, permanece a dúvida sobre quem, efetivamente, foi o autor do gol que deu a vitória ao Atlético, ontem, por 1 a 0, sobre o Paraná.

"Estávamos mesmo conversando sobre isso depois da partida. E realmente não sei se ela (a bola) tocou em mim ou o gol foi direto do Paulo Baier. Mas o importante foi a vitória", avisou o centroavante. No lance, "la pelota" ainda ba­­teu no zagueiro tricolor Luiz Henrique, o que também poderia caracterizar gol contra.

Se existe justiça no futebol, contudo, a interpretação do árbitro Antônio Denival de Morais es­­tá correta. Afinal, Toledo foi o me­­lhor personagem da partida. Se no primeiro tempo suas tentativas de tabela e assistências fo­­ram barradas pela marcação pa­­ranista, na segunda etapa, a garra e vontade do jogador prevaleceu. Num lance disputado na linha de fundo, foi ele quem conseguiu o escanteio no qual saiu o gol do Atlético. E depois da vitória parcial, mesmo sozinho no meio dos zagueiros paranistas, foi o argentino quem mais trabalho deu à defesa adversária.

"Estou acostumado a jogar, mas prefiro ficar mais em contato com a bola", afirmou o atleta.

A vitória no jogo de ontem também deixou um problema sério para Leandro Niehues resolver até a partida quarta-feira, contra o Operário: quem escalar no ataque. Javier tomou o terceiro cartão ama­­relo e está suspenso. Bruno Mi­­neiro saiu de maca no fim do pri­­meiro tempo, após levar uma falta dura de Alessandro Lopes, e também deverá desfalcar a equipe – ele faz exames hoje no tornozelo esquerdo. As opções do treinador atleticano são poucas: Serna, Tartá e Bruno Furlan.

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