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O presidente licenciado da Federação Paranaense de Futebol, Onaireves Moura, voltará amanhã aos tribunais. Suspenso por 3 anos e 2 meses pelo STJD em primeira instância, o dirigente entrou com recurso que deve ser julgado agora no pleno. Mas, além dessa apelação, ele será réu de outro processo pendente.

O caso trata da criação, por parte da FPF, da empresa Comfiar, que recolhia indevidamente, segundo a denúncia da procuradoria do Tribunal, 2,5% da renda de cada jogo. O Tribunal deu uma semana para Moura trazer documentos que comprovem a sua inocência. Se não conseguir, pode somar até mais cinco anos à pena atual.

Na sessão, também deverão ser analisados outros dois recursos, dessa vez da própria procuradoria do STJD. Os procuradores ficaram insatisfeitos com o julgamento nos casos da charge veiculada no site da FPFTV e da denúncia de que a entidade teria prejudicado clubes afiliados – querem ampliar o período de condenação. As duas representações tratam sobre a eliminação do Rio Branco na Copa do Brasil, por atuar com jogadores irregulares.

Enquanto aguarda o julgamento, do Rio de Janeiro o dirigente aproveitou os últimos dias para voltar a acusar o presidente do Conselho Deliberativo do Atlético, Mário Celso Petraglia, e o procurador do Superior Tribunal de Justiça Desportiva, Paulo Schmitt, só que agora em rede nacional.

Primeiro, domingo à noite, deu uma vasta entrevista no programa Terceiro Tempo, de Mílton Neves. Ontem, no Rio de Janeiro, convocou uma entrevista coletiva e mais uma vez falou sem medir as palavras. Contudo, sem apresentar provas, apenas repetiu o discurso que havia dado no decorrer da semana passada aqui no Paraná.

Mas as denúncias protocoladas no STJD contra o procurador geral do órgão não surtiram efeito e foram arquivadas. Moura questionava a exoneração de Schmitt da Paraná Esporte e denunciava haver parentesco dele por ser padrinho de casamento de dois membros do Tribunal, o que afirmava ser proibido. O presidente do órgão, Rubens Aprobatto, analisou os casos e desqualificou.

"Ele não comprovou nada sobre a exoneração do Paulo Schmitt. Pelo contrário, há apenas referências boas dadas pelo presidente da Paraná Esporte, Ricardo Gomyde. Já ser padrinho de casamento não é parentesco", afirma Aprobatto.

Já as denúncias sobre o dirigente atleticano foram encaminhadas à procuradoria do órgão que, por sua vez, pediu para o clube se manifestar.

No novo ataque de Onaireves Moura, as acusações foram feitas em tom forte, com palavras agressivas, mas pouca coisa nova foi dita pelo dirigente. Moura agora tenta uma ligação ilícita entre Schmitt e Petraglia. Para isso utiliza o caso "Aloísio", quando foi constatado um documento que seria falsificado e foi entregue pela defesa atleticana, no qual o procurador do STJD não teria tomado providências.

"Não era minha alçada, mas mesmo assim fui atrás do processo e a própria juíza dizia que não dava para saber quem teria falsificado o documento", diz Schmitt, que avalia as denúncias de Moura. "É uma estratégia um pouco equivocada. Não parece verossímil que dê certo. No meu histórico tenho feito várias denúncias contra o Atlético também".

Já Petraglia foi procurado pela Gazeta do Povo, mas não quis comentar o assunto.

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