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“Estava muito inseguro quanto ao meu futuro. Quando me pediram para bater, aceitei porque esperava que isso melhorasse a minha posição dentro da equipe", Nelsinho Piquet | Jose Manuel Ribeiro/Reuters
“Estava muito inseguro quanto ao meu futuro. Quando me pediram para bater, aceitei porque esperava que isso melhorasse a minha posição dentro da equipe", Nelsinho Piquet| Foto: Jose Manuel Ribeiro/Reuters

Kart será o 1.º passo de Massa

O pai do brasileiro Felipe Massa, Titônio Massa, disse ontem que o piloto da Ferrari se recupera bem da cirurgia plástica pela qual passou na segunda-feira e afirmou que ele deve andar de kart dentro de três semanas como forma de preparação para voltar futuramente às pistas da F-1. No entanto, o pai do piloto voltou a afirmar que seu filho só deve voltar a pilotar pela principal categoria do automobilismo em 2010. "Em três semanas ele estará andando um pouquinho de kart para já voltar ao ambiente que tanto gosta. Mas a gente acha que só no ano que vem ele estará 100% para voltar às pistas (da F-1)", disse Titônio. Massa está afastado das pistas desde o dia 25 de julho, quando foi acertado no capacete por uma mola, durante o treino classificatório do GP da Hungria.

Briatore presta explicação à Renault

Flavio Briatore, homem forte da Renault, foi chamado ontem a Paris para explicar o caso de Nelsinho Piquet durante o GP de Cingapura de 2008 para o presidente da montadora francesa, o brasileiro Carlos Ghosn. De acordo com a emissora SpeedTV, o empresário estaria apoiando a equipe francesa e pode até mesmo mover uma ação judicial contra o piloto.

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FIA deve buscar punição estratégica

Piloto mais experiente da história da Fórmula 1, com 270 GPs disputados, Rubens Barrichello ficou surpreso com a suposta farsa da Renault no GP de Cingapura de 2008, quando o também brasileiro Nelsinho Piquet teria sofrido um acidente para favorecer seu companheiro de equipe, o espanhol Fernando Alonso. "Eu nunca ouvi nada parecido, um piloto provocar um acidente", disse Rubinho.

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  • Fernando Alonso, o beneficiado:

Monza - Primeiro veio a confirmação da FIA de uma investigação em curso, depois a convocação para a Re­­nault comparecer ante o Conselho Mundial, no dia 21.

O mais novo capítulo do su­­posto acidente proposital sofrido por Nelsinho Piquet no GP de Cinga­­pura de 2008 para beneficiar seu companheiro, Fernando Alonso, veio à tona ontem, no paddock de Monza, circuito que recebe a partir da manhã de hoje nos treinos livres da 13.ª etapa do Mundial de F-1.

Uma cópia do depoimento prestado pelo brasileiro a representantes da FIA (entidade máxima do automobilismo) no último dia 30, no qual ele relata detalhes de como sua batida teria sido planejada naquele fim de semana, tornou-se pública.

O documento traz os principais trechos da versão dada por Nelsinho para o ocorrido em Cingapura a Alan Donnelly, chefe dos comissários da FIA, Martin Smith e Jacob Marsh, membros da empresa Quest, que conduz a investigação.

Segundo as declarações, o piloto, demitido pela Renault em julho, diz ter consciência da gravidade das consequências do ato, mas diz que fez isso pois é seu dever como participante do Mundial e portador da superlicença garantir a legitimidade e a justiça do campeonato.

"Fui solicitado pelo Flavio Briatore, meu manager e chefe da Renault, e por Pat Symonds, diretor técnico da equipe, para deliberadamente causar um acidente para influenciar de maneira positiva a performance da Renault", relatou Nelsinho, que estreou na equipe em 2008. "Eu concordei com essa proposta e fiz meu carro bater no muro na volta 13 ou 14."

Nas declarações, o piloto de 24 anos também explica que, após a reunião com Briatore e Symonds, o diretor técnico do time o chamou num canto para dar mais instruções. "Ele me mostrou o local exato em que eu deveria bater. Essa curva foi escolhida porque não havia nenhum guindaste que pudesse tirar um carro batido rapidamente da pista", declarou.

"Eu intencionalmente causei a batida ao deixar o carro escapar um pouco antes daquela curva. Para ter certeza de que o acidente ocorreria na volta certa, eu perguntei várias vezes no rádio em que volta estava."

Procurado pela reportagem para atestar a veracidade das declarações, Nelsinho, que está em Miami para assistir a uma etapa da Nascar, disse que desconhecia o documento. "Não sei exatamente o que falaram, então não posso confirmar."

A reportagem também tentou entrar em contato com o pai do piloto, Nelson, mas seu assessor de imprensa não ligou de volta. De acordo com a revista Austosport, o tricampeão foi o delator da armação da Renault por estar inconformado com a demissão do filho.

Consultada, a FIA não confirmou se o depoimento era de fato de Nelsinho. A investigação já dura mais de um mês e, além do brasileiro, Alonso, Briatore, Symonds e outros funcionários da Renault foram ouvidos. A equipe diz que só comentará o assunto após se pronunciar ao Conselho Mundial.

Alonso: "Não acredito"

Envolvido diretamente no caso, Fernando Alonso garantiu que não tinha conhecimento da su­­posta farsa da Renault para levá-lo à vitória no GP de Cingapura. "Eu estou muito surpreso. Eu não posso imaginar essas coisas, essa situação. Isto é algo que nunca vai entrar na minha mente", disse o piloto espanhol.

Barrichello: "É perigoso"

Rubinho, um dos poucos a falar sobre o tema foi duro. "Espero que não seja verdade, mas a conheceremos. A FIA tem como saber", disse o brasileiro da Brawn GP. "Nelsinho nunca relacionou os meus problemas com o seu pai com a nossa relação, tenho muito respeito por ele, mas se alguém tem capacidade de fazer isso não merece estar no esporte, é perigoso para todo mundo."

Ao vivo

Treino do GP de Monza, às 9 horas, no SporTV

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