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Nilmar traiu o coração. São-paulino desde pequeno, o veloz atacante chegou ao rival Corinthians no meio do ano, contratado depois do fracasso das negociações com Vágner Love. O reforço de última hora funcionou. Com o paranaense de Bandeirantes, o então claudicante Timão embalou.

Para o pai do jogador, a explicação para o sucesso é simples: "Não adianta. Quem tem estrela, brilha mesmo." A frase indica uma falta de modéstia que só está presente quando o tema é o orgulho do filho famoso. "Ele tem muita sorte. Onde vai o time é campeão", afirma. "Dá gosto ver ele jogar", complementa.

A história do atleta de 21 anos também fica clara em outra frase do pai-coruja. "Temos muito o que agradecer a Deus porque ele sempre está no lugar certo na hora certa", diz.

Apaixonado por bola desde a infância, ele começou a se destacar no campo de São Bento – uma cancha pública em que a prefeitura oferece treino gratuito de futebol de campo em Bandeirantes. Em 1998, conseguiu espaço no Matsubara, onde ficou por um ano e quatro meses nas categorias de base.

Pelo time de Cambará, foi disputar um torneio juvenil em Bebedouro (SP). Lá, despertou interesse do Internacional, que o contratou por empréstimo. Um comentário depois do confronto contra o Colorado mostra como a mudança era grande para o adolescente de 15 anos. "Ele me falou que o time deles tinha um monte de camisa para trocar enquanto o nosso secava, torcia e devolvia a mesma encardida para os jogadores", fala, se divertindo, o pai. Naquela partida, chovia muito e o campo cheio de barro deixava o uniforme imundo.

A "preocupação" do jogador com a roupa surgiu tardiamente. Quando menino, não ligava para as reclamações da mãe ao limpar as meias sujas. "Ele jogava em um campo que tinha um capinzinho chato que grudava na meia. Ela ficava braba, mas não tinha jeito de o Nilmar parar de jogar", contou Nilton, que também virou a casaca do Tricolor para o Alvinegro. "Sou Corinthians desde criancinha", se diverte.

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