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O público paranaense conhecerá amanhã, no Autódromo Internacional de Pinhais, a principal novidade da temporada 2007 da Stock Car: o nitro, um "veneno" acionado por um botão no volante capaz de aumentar em 10% a potência do motor durante 18 segundos. A prova na capital do estado, com largada prevista para 11 horas, é a segunda do ano.

Como na V8 (a principal categoria da Stock) os carros possuem 450 cavalos de potência, isso representa um acréscimo de 45 cavalos na força motriz, o que pode facilitar ultrapassagens e aumentar a distância entre um carro e outro em momentos cruciais da prova. É uma dose extra de poderio nos motores e de emoção nas corridas. Em uma categoria extremamente equilibrada, a utilização do nitro pode ser o "pulo do gato" para um bom resultado nas corridas.

O Autódromo de Interlagos, em São Paulo, foi o palco de estréia do gás, mas muitos pilotos acabaram saindo da corrida (a primeira das 12 etapas da temporada) sem ter a oportunidade de usar o "push to pass", (algo como "aperte para passar"), como o sistema também é chamado. Portanto, amanhã o N2O (fórmula química do composto, que possui moléculas com dois átomos de nitrogênio e um de oxigênio) ainda deverá ser posto à prova por muitos dos competidores.

De acordo com o regulamento da Stock, o nitro (como o componente é conhecido no meio automobilístico) deve ter seu uso fracionado em três tempos. A divisão desse tempo (a que todos os concorrentes têm direito) e a escolha do momento da sua utilização cabe à estratégia de cada piloto e equipe.

O piloto Thiago Marques, da Cimed Racing, ressalta dois aspectos da vedete do ano. Para ele, a introdução do nitro é uma várias mudanças voltadas para a atração ao público."Nesse sentido, acho legal. Quanto mais interesse pela nossa categoria, melhor", diz. "Mas como piloto sou contra, pois acho que o nitro ainda pode provocar alguns acidentes na pista", afirma Marques, preocupado que a utilização do aditivo se transforme em eventuais desculpas para exageros nas pistas.

Já David Muffato (RS Competições) quer mais. "Acho pouco os 18 segundos. É muito rápido. Gostaria de ter mais tempo para gastar esse aumento de potência", lamenta. Ele, que não chegou a usar o nitro em São Paulo (pois teve de sair antes), já definiu a sua estratégia para Curitiba. "Vou esperar a segunda prova para avaliar a situação, mas devo dividir primeiro em três segundos, no início, e depois, mais no final da prova, em sete e oito segundos", revelou.

Quem for ao autódromo também conhecerá outras inovações, como a utilização de pneus nacionais na categoria V8, em vez dos importados italianos (que rodavam até o ano passado), a exemplo do que já acontecia na Light (que ainda usa pneus brasileiros, mas diferentes dos utilizados na V8), além de um novo combustível.

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