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Em 2016, ano dos Jogos Olímpico no Rio, Nuzman completará 21 anos à frente do COB | Kevork Djansezian / AFP
Em 2016, ano dos Jogos Olímpico no Rio, Nuzman completará 21 anos à frente do COB| Foto: Kevork Djansezian / AFP

O presidente do Comitê Olímpico Brasileiro (COB), Carlos Arthur Nuzman, vai permanecer no comando da entidade pelo menos até 2016. Na semana passada, o dirigente de 69 anos, que está no cargo desde 1995, comunicou aos presidentes de confederações a intenção de se candidatar na próxima eleição (para o triênio entre 2013 e 2016), marcada para o fim deste ano, em chapa com o atual vice-presidente, André Richer. E ele, que também preside o Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos do Rio, obteve apoio maciço dos presentes.

Somente um presidente de confederação fez oposição: Alaor Azevedo, da Confederação Brasileira de Tênis de Mesa (CBTM). Para apresentar candidatura formal, no entanto, ele precisa do apoio, até o dia 31 de abril, de pelo menos 10 das 30 confederações de esportes olímpicos. Mas, na reunião da última quinta-feira, a chapa de Nuzman recebeu o apoio por escrito de 24 confederações.

O encontro é realizado mensalmente e tinha o objetivo de discutir quatro assuntos: os Jogos Olímpicos do Rio; o relatório da visita do COB ao Crystal Palace, em Londres, onde ficará a delegação brasileira na Olimpíada; a adesão das entidades ao uniforme da Nike, nova patrocinadora do COB; e "assuntos gerais". No último tópico, Nuzman apresentou sua chapa para a reeleição e mostrou a cópia de e-mail enviado pelo Comitê Olímpico Internacional (COI) a uma jornalista brasileira. No documento, segundo informou o COB, o COI nega que "faria objeções à permanência de Nuzman à frente do COB e do Rio/2016 simultaneamente".

Presidente da Confederação Brasileira de Vôlei (CBV) e discípulo de Nuzman, Ary Graça pediu a palavra durante a reunião da semana passada para defender a continuidade da atual gestão do COB. "O Ary teceu vários comentários elogiosos ao presidente Nuzman e propôs aos presentes que assinassem um documento de apoio à chapa", contou o presidente da Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt), Roberto Gesta de Melo, que assinou o documento.

"Não faz sentido o Nuzman largar o trabalho no meio do caminho. Nada mais natural que fique pelo menos até os Jogos de 2016", defendeu Ary Graça.

OposiçãoO opositor único, Alaor Azevedo, disse que ainda não desistiu da candidatura na eleição do COB. "Posso fazer uma tentativa heroica e inscrever minha chapa, ainda que sozinho. Havendo veto poderia entrar na Justiça", disse o presidente da CBTM. Antes, no entanto, ele pretende apresentar suas ideias a Nuzman. "Vou ver qual será a reação dele e pensar nos próximos passos".

Para Alaor Azevedo, ficou claro que, da presidência do COB, Nuzman só sai quando quiser. "Além de ter feito um bom trabalho, ele tem nas mãos a distribuição dos recursos da Lei Agnelo/Piva para as confederações", disse o dirigente.

Segundo o COB, os critérios para distribuição dos recursos da Lei Agnelo/Piva neste ano foram a classificação para os Jogos Olímpicos de Londres, a análise da gestão das entidades em 2011 e os resultados de cada confederação em competições internacionais.

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