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Impossível uma análise isolada. A decisão da Copa do Brasil apenas começa hoje e cada um de seus 180 minutos tem importância vital para as pretensões do futuro campeão. O Coritiba tem a prerrogativa de fazer a segunda partida em casa, como já ocorreu na etapa anterior, contra o São Paulo.

É bom, desde que não haja atrapalhos no primeiro confronto. E assim, dentro da lógica que os treinadores costumam adotar, "o próximo jogo é sempre o mais importante".

Fazer o resultado na partida desta noite significa trazer para Curitiba a força da decisão, apostando no retrospecto positivo que as atuações no Alto da Glória proporcionam. Para tanto, o time terá de ser equilibrado, entre o ousado e o cuidadoso. Ousado para não permitir o domínio do Palmeiras, gerando consequente pressão, sempre perigosa e não raramente fatal quando se consolida. Cauteloso para ocupar todos os espaços de campo e garantir a posse de bola, a exemplo do que ocorreu na primeira partida com o São Paulo, quando foi até melhor no Morumbi e só perdeu por causa de uma jogada individual.

O Coritiba está maduro e pronto para novamente chegar a uma conquista nacional. A timidez da decisão do ano passado está ainda latente no grupo, fator determinante que foi para a perda de um título ao qual era favorito. Vencer hoje seria meio caminho andado, mas o empate também não pode ser desprezado, principalmente com gol marcado. Importante é saber dar esse primeiro passo sem fraquejar nem abrir a guarda, pois ainda virá o outro, tão decisivo quanto, pela frente.

Desprezados campeões

Quando me contaram, palavra que duvidei. A torcida organizada do Paraná deu as costas aos profissionais que devolveram a dignidade ao clube. Estava fora de Curitiba e, curioso, quis saber como tinha sido a mais do que esperada conquista (por que não?) tricolor, selando o retorno à elite local.

Tudo normal, exceto o comportamento da torcida. Já não seria de se espantar uma reação assim, pois os torcedores organizados estão, invariavelmente, voltados para o próprio umbigo. Só que erraram feio na interpretação dos fatos e puniram, com seu desprezo e sua indiferença, justamente aqueles que resgataram o Paraná da triste situação em que se encontrava. Seria o mesmo que fuzilar seus heróis, depois da retomada de um território ocupado pelo inimigo. Lamentável.

Mas é título de se comemorar, sim. Não com muito alarde, mas como forma de reconhecer o trabalho desse pessoal que hoje se encontra à frente do clube. A começar pelo presidente, homem sério, que passa imagem de competente e organizado. Passando – com destaque – também pelo técnico Ricardinho e chegando aos jogadores, todos, da quase totalidade que nada teve a ver com os vexames de 2011.

Missão cumprida. Mas é um trabalho que está no início e há muito ainda a ser feito.

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