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O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, criticou a decisão da Fifa de eleger o Catar para sediar a Copa do Mundo de 2022. Coreia do Sul, Austrália, Japão, além do país de Obama, concorriam ao posto que foi definido nesta quinta-feira (2). "Acho que foi a decisão errada", declarou Obama.

Sunil Gulati, chefe da candidatura americana, também se mostrou decepcionado com a decisão da Fifa. "Estamos desapontados. Trabalhamos muito. O país nos apoiou de uma forma que nunca vimos antes. Chegamos muito perto", lamentou o dirigente do país que sediou a Copa de 1994.

Também derrotada nesta quinta, a Austrália admitiu a decepção depois de se considerar uma das favoritas para receber o Mundial em 2022. "Estamos completamente desanimados. Foi um pouco inesperado porque achávamos que tínhamos feito uma campanha de primeira para chegar à vitória. Fizemos o nosso melhor", declarou o ministro do Esporte Mark Arbib.

O primeiro-ministro da Inglaterra, David Cameron, também reprovou a decisão da Fifa, quando à escolha da Rússia para sediar a Copa de 2018. "É difícil vislumbrar outras coisas que poderíamos fazer [na campanha para vencer a eleição]. No final da contas, o que vale é o aparato técnico, o apelo comercial. A paixão pelo futebol não é o suficiente", criticou.

"É muito triste. Não há uma Copa do Mundo na Inglaterra desde que eu nasci. Esperava que poderíamos mudar isso, mas não foi dessa vez", completou o político. Keith Mills, conselheiro da candidatura inglesa foi mais diplomático. "A mensagem da Fifa foi em alto e bom som hoje. Eles querem levar o futebol e a Copa do Mundo para países em desenvolvimento", declarou.

Os membros da candidatura conjunta entre Espanha e Portugal adotaram o mesmo discurso. "A Fifa achou melhor promover o futebol em outras latitudes. A decisão se baseou na ideia de levar o futebol para regiões que nunca sediaram uma Copa do Mundo", disse Miguel Angel Lopez, um dos responsáveis pela comitiva ibérica.

"Talvez os membros do comitê executivo queiram expandir o futebol para novos territórios, saindo dos países que são economicamente poderosos para aqueles que possuem dinheiro", declarou Vicente Del Bosque, treinador da atual campeã Espanha.

Para Marc Wilmots, representante da candidatura de Holanda/Bélgica para a Copa de 2018, o futebol saiu perdendo com as decisões desta quinta. "A Rússia é uma escolha política e o Catar é uma opção econômica. Você pode dizer que, de alguma forma, o esporte foi o grande perdedor com as escolhas destas duas sedes", declarou.

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