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Movimento seria maior se a Espanha não fosse desclassificada ainda na fase de grupos | Antônio More
Movimento seria maior se a Espanha não fosse desclassificada ainda na fase de grupos| Foto: Antônio More

Mesmo sem grandes jogos em Curitiba, o setor hoteleiro atingiu 58,5% da ocupação durante o período do Mundial na cidade – 13 a 30 de junho. O porcentual está acima da média histórica para o mês de junho, entre 30% a 40%. Levando em consideração somente as vésperas e dias das quatro partidas na capital paranaense, o porcentual de ocupação sobe para 66,1%. Os dados são Associação Brasileira da Indústria Hoteleira – Paraná (ABIH), que reúne 34 hotéis membros, no total de 2,6 mil leitos.

Confira a taxa de ocupação dos hotéis de Curitiba

O bom desempenho é explicado pela presença de turistas na capital paranaense. De acordo com o Instituto Municipal de Turismo (IMT), 500 mil pessoas visitaram a cidade durante o torneio – 150 mil deles estrangeiros. Para o presidente da ABIH-PR, Henrique Lenz Cesar Filho, o setor ficaria satisfeito se houvesse uma Copa do Mundo por ano em Curitiba.

"Quando da escolha da cidade como sede, tínhamos a esperança de receber países como EUA, Uruguai e Argentina. Acabamos recebendo seleções com potencial turístico menor. Mesmo assim, o resultado foi excelente", afirmou o executivo.

A lamentar, segundo Cesar Filho, apenas a eliminação precoce da Espanha. "Tivemos a informação de que os espanhóis chegariam em grande número a partir das oitavas de final, mas com a eliminação isso não ocorreu."

Diante do cenário adverso, com a desclassificação da La Roja ainda na fase de grupos, os espanhóis não figuraram entre a maioria na cidade. De acordo com Paulo Colnaghi, presidente do Instituto Municipal de Turismo, os Estados Unidos, a Austrália e o Equador foram os países que mais mandaram visitantes para Curitiba.

A hipótese de migração do turista de negócio na cidade, que procuraria outras localidades para realizar os eventos, não se confirmou. Segundo Rafael Andreguetto, da ABIH-PR, isso não trouxe prejuízos para o setor. "Não tivemos problemas com o turismo de negócio. Identificamos que esse segmento veio antes ou postergou para depois da Copa sua visita a Curitiba. Mas não deixarão de vir", garante Andreguetto. "A imagem gerada pela Copa será usufruída pelos próximos seis, sete anos", acrescentou.

Com base em dados de uma pesquisa da Fundação Getulio Vargas (FGV), encomendada em 2011 pelo Ministério do Turismo, Curitiba e Região Metropolitana tinha 200 hotéis naquele ano.

O efeito da Copa na capital também refletiu positivamente no interior. De acordo com dados da concessionária que administra o Parque Nacional do Iguaçu, em Foz do Iguaçu, no Oeste do estado, o volume de estrangeiros que visitaram o local entre 1.º a 17 de junho foi 65% maior do que o mesmo período de 2013. Ao todo, segundo a empresa, representantes de 31 dos 32 países que disputam a Copa do Mundo estiveram em Foz nesse período – Costa do Marfim está fora da lista.

A Argélia e a Austrália, seleções que jogaram em Curitiba, estão entre as cinco nações que mais mandaram turistas para a cidade da fronteira no primeiro semestre deste ano.

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