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Paranaense pretende transformar a vaga herdada na última hora em uma posição entre os 20 melhores do mundo | Jonathan Campos, enviado especial/Gazeta do Povo
Paranaense pretende transformar a vaga herdada na última hora em uma posição entre os 20 melhores do mundo| Foto: Jonathan Campos, enviado especial/Gazeta do Povo

Pequim - Hoje é o grande dia de Juraci Moreira Júnior. Depois de uma série de percalços e uma improvável classificação, conquistada graças à desistência de um competidor austríaco, o triatleta paranaense estréia em sua terceira Olimpíada consecutiva. A prova será disputada hoje, na represa do Parque dos Túmulos Ming, próximo à capital chinesa, a partir das 23 horas (de Brasília) – o paulista Reinaldo Colucci será o outro representante brasileiro.

O objetivo é melhorar o resultado dos Jogos de Sydney, há oito anos, quando começou sua história olímpica fechando a competição no 22º lugar. Em Atenas-04, terminou na modesta 41ª colocação entre 50 competidores. "É difícil falar em medalha. Espero brigar para ficar entre a décima e a vigésima posição. Se conseguir, já estarei satisfeito."

Juraci tem aproveitado a convivência com outros atletas da delegação brasileira na Vila Olímpica para buscar inspiração na tentativa de quebrar a marca pessoal. Outro dia, conversou longamente com o nadador César Cielo, ouro nos 50 m e bronze nos 100 m livre, principal nome do país até o momento na China.

"Estou curtindo tudo o que uma Olimpíada pode proporcionar. O contato com os atletas do Brasil sempre é muito bom. Ver a alegria do Cielo aqui perto de nós é muito contagiante. Com certeza, isso me entusiasma ainda mais", ressaltou ele.

O triatleta desembarcou em Pequim apenas na terça-feira passada, sem direito ao período de aclimatação na Coréia do Sul reservado ao companheiro. Por isso, dedicou os seis dias da preparação até a corrida para desbravar o circuito. "Já vim aqui outras duas vezes e a cada vez que volto, acabo achando mais fácil", explicou, indicando uma subida logo no começo do ciclismo (40 km) como o ponto "mais doído".

Além de pedalar, os competidores precisam nadar mais 1,5 km e correr outros 10 km. Tudo isso sob uma temperatura na casa dos 300 e uma umidade em torno de 80%. "A disputa é realmente muito dura. Vencerá não o atleta mais bem preparado tecnicamente, mas sim aquele que suportar melhor o calor. Será uma corrida de luta contra as adversidades", explicou o paranaense. "Me sinto bem preparado", acrescentou, fazendo planos de chegar à quarta Olimpíada da carreira, em Londres-2012.

O espaço no braço direito reservado à tatuagem com o símbolo dos Jogos ingleses que acompanharia as marcas de Sydney, Atenas e Pequim já foi delineado. Só falta o desenho final, que virá somente com a ratificação da vaga, daqui a alguns anos. Nada demais para quem esperou até o último minuto e precisou de uma mãozinha austríaca para chegar ao Oriente.

Na TV

Triatlo, às 23 horas, na ESPN.

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