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Todd Rogers e Phil Dalhausser comemoram a conquista do ouro olímpico | REUTERS/Gil Cohen Magen
Todd Rogers e Phil Dalhausser comemoram a conquista do ouro olímpico| Foto: REUTERS/Gil Cohen Magen

Quando dois amigos tentaram convencer o adolecente Phil Dalhausser a jogar vôlei de praia, ele ridicularizou a oferta por entender que era um "esporte de meninas".

Nem em seus sonhos mais mais malucos ele imaginou que iria ganhar uma medalha de ouro olímpica e estabeler um novo padrão ao esporte.

Na sexta-feira (22), ele alcançou o pódio olímpico, conseguindo uma série de bloqueios decisivos na final, ao lado de seu companeiro de dupla Todd Roger. Os dois venceram a dupla do Brasil por 2 sets a 1, com parciais de 23-21 17-21 e 15-4.

"Sinceramente, se me dissessem que estaria aqui hoje, eu responderia que estavam absolutamente loucos", disse o jogador de 2,06m, brincando com a medalha ao redor do pescoço.

Nascido na Suíça, o jogador foi morar na Flórida ainda bebê. Gostava muito mais de tênis e de beisebol, até que uma garota de sua classe e uma professora de matemática o persuadiram a ingressar no vôlei de quadra.

Ali, foi muito bem, jogando em nível universitário, mas depois de um tempo seus joelhos começaram a sofrer. Entao, passou para o vôlei de praia.

"Resolvi tentar. Depois, me tornei profissional mais para 'retardar o mundo real', como forma de adiar a procura de um emprego de verdade", disse o jogador de 28 anos.

Ele teve sucesso apenas relativo, com seu primeiro parceiro Nick Lucena. As coisas decolaram somente depois de se juntar a Rogers, que substuiu Lucena (contundido) na dupla, bem às vésperas do Mundial de 2005.

Rogers, apelidado "O Professor" devido à sua visão intelectual sobre o vôlei de praia, colocou Dalhausser sob suas asas, o fez treinar mais e logo o tomou como parceiro, deixando-o dominar a rede. Roger cuidava da defesa.

"Sem ele, não sei se estaria onde estou hoje", disse Dalhausser.

Ali onde ele está, poucos podem tocá-lo.Emanuel Rego disse que Dalhausser mudou o jogo com seu domínio na rede, ao passo que o argentino Martín Conde brincou, dizendo que "é por causa de caras como ele que eu estou desistindo".

Dalhausse não perde a humildade e ainda sente prazer pelo fato de estar jogando entre os grandes -- mesmo os superando.

"Ainda sinto como se eu não pertencesse a este mundo, com esses caras", disse o campeão olímpico na entrevista coletiva.

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