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Maurren Maggi, campeã olímpica, e Fabiana Murer, campeã mundial, não passaram da primeira fase em Londres | Alaor Filho/ AGIF/ COB e Daniel Castellano/ Gazeta do Povo
Maurren Maggi, campeã olímpica, e Fabiana Murer, campeã mundial, não passaram da primeira fase em Londres| Foto: Alaor Filho/ AGIF/ COB e Daniel Castellano/ Gazeta do Povo

Se não houver uma surpresa positiva que reverta o quadro de decepções com as saltadoras Fabiana Murer e Maurren Maggi, o atletismo do Brasil vai sair dos Jogos Olímpicos de Londres sem subir ao pódio pela primeira vez desde a Olimpíada de Barcelona-1992.

Atual campeã mundial do salto com vara, Murer era o grande nome do Brasil na modalidade na capital britânica, mas ficou pelo caminho ainda nas eliminatórias. O mesmo destino teve Maurren, a campeão olímpica do salto em distância em Pequim-2008 mas que chegou a Londres após uma contusão que prejudicou sua preparação.

Duas medalhas do revezamento 4x100 metros rasos masculino (bronze em Atlanta-1996 e prata em Sydney-2000) e um bronze do maratonista Vanderlei Cordeiro em Atenas-2004, além do ouro de Maurren na China, garantiram ao atletismo uma sequência de quatro Olimpíadas no pódio. Em Londres, vai ser difícil manter a série.

A maratona e o revezamento 4x100m são exatamente as principais possibilidades, mas os brasileiros estão longe de estar entre os favoritos.

Nenhum velocista do país disputou sequer as semifinais dos 100m rasos, num indicativo de que será muito difícil brigar pelo pódio numa prova com Jamaica, Estados Unidos e outras potências das provas de velocidade nas pistas.

Já o maratonista Marilson Gomes dos Santos tem no currículo um bicampeonato da Maratona de Nova York (2006 e 2008), mas desde sua última vitória lá ele não conquistou mais nenhum título importante na prova que encerra os Jogos Olímpicos.

Seria preciso uma grande surpresa, como foi quando Vanderlei Cordeiro disparou na liderança da prova de 2004 até ser derrubado por um padre irlandês que o tirou da disputa pelo ouro, para que Marilson ou seus companheiros de equipe Franck Caldeira e Paulo Roberto de Almeida superem os atletas etíopes e quenianos que dominaram as principais maratonas do mundo nos últimos anos.

"A gente não fala de expectativa de medalha. Acreditamos que vamos estar na final dos revezamentos 4x100m masculino e feminino se nada de surpreendente acontecer", disse o chefe da delegação de atletismo do Brasil em Londres, Martinho Nobre dos Santos, quando perguntado em quais provas o Brasil ainda poderia brigar pelo pódio na Olimpíada.

A possível falta de medalhas será uma decepção para o atletismo brasileiro, principalmente após o título mundial conquistado por Murer no ano passado no salto com vara. A atleta, que se repetisse na Olimpíada sua melhor marca pessoal (4,85m) teria sido campeã, ficou fora da final após errar seus dois primeiros saltos para 4,55m e nem mesmo executar a última tentativa, reclamando do vento no Estádio Olímpico.

Já Maurren tinha o status de campeã olímpica mas as expectativas quanto a ela eram menores, uma vez que nunca mais superou a marca de 7,0 metros desde a conquista do ouro em Pequim-2008 e ainda sofreu uma contusão no quadril pouco mais de dois meses antes da Olimpíada.

"Eu tinha esperança de ir bem aqui, me classificar para a final, e depois ia ser igual a Pequim, uma prova aberta. Infelizmente não deu", lamentou a saltadora, de 36 anos, após a eliminação.

A possível ausência do atletismo no quadro de medalhas pode ter impacto na meta de 15 pódios estabelecida pelo Comitê Olímpico Brasileiro (COB) para Londres. Murer, como campeã do mundo, era nome certo na lista.

Até agora o Brasil conquistou 8 medalhas (2 ouros, 1 prata e 5 bronzes) e tem mais quatro pódios garantidos: dois no boxe, um no vôlei de praia masculino e um no futebol masculino. Vôlei de quadra masculino e feminino, basquete masculino e vôlei de praia feminino são outras modalidades com chances de pódio.

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