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Thiago Silva recebe o abraço de Neymar durante reconhecimento no estádio de Wembley | Daniel Garcia/ AFP
Thiago Silva recebe o abraço de Neymar durante reconhecimento no estádio de Wembley| Foto: Daniel Garcia/ AFP

Depois de 24 anos, o Brasil tem hoje nova chance de conquistar o único título de expressão que lhe falta no futebol. Diante do México, às 11 horas (de Brasília), no mítico Estádio de Wembley, a seleção decide a medalha de ouro da Olimpíada de Londres.

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Um triunfo representa o fim de um jejum de 60 anos do maior vencedor de Copas do Mundo, com cinco taças. Os brasileiros disputam os Jogos desde 1952. Têm dez participações, sem jamais alcançar o alto do pódio.

Até então, o time nacional pôs no peito dois bronzes e duas pratas. O primeiro revés na final ocorreu em Los Angeles-1984, na derrota para a França por 2 a 0. Quatro anos depois, em Seul, a frustração se deu diante da União Soviética, 2 a 1.

Fracassos ao longo da história que alimentaram progressivamente uma obsessão pelo sonho dourado. Desejo convertido em obrigação desta vez, após as desclassificações de outros dois favoritos, Uruguai e Espanha.

"Nós sabemos da pressão para ganhar um título inédito. Mas não podemos pensar no que passou. Temos de nos concentrar no presente. Acredito que assim vamos poder fazer um bom jogo", comenta o volante Sandro.

Esse tem sido o discurso-padrão dos jogadores e do técnico Mano Menezes durante a competição. Já sobre a possibilidade de outro insucesso, ninguém se atreve a comentar nada. "Não dá para falar sobre isso antes", diz o também volante Rômulo.

O receio é compreensível. Melhor mesmo é pensar nos benefícios em caso de sucesso. A começar, pela cura do trauma do "eterno quase" na "hora certa", justamente antes da Olimpíada em casa, no Rio, em 2016.

De quebra, uma vitória devolve parte do crédito perdido pela amarelinha nos últimos anos, com as campanhas ruins nos Mundiais da Alemanha (2006) e da África do Sul (2010). Oferece igualmente um pouco de tranquilidade para a renovação da equipe com vistas à Copa de 2014.

Especialmente, porque a formação olímpica é a base da principal. "Já mostramos capacidade chegando à final. E significaria muito mais se conquistás­­semos a medalha de ouro. Aumentaria a confiança para apostar nesse grupo e no técnico", comenta Mano.

A confirmação do primeiro lugar atinge também os atletas individualmente. Jogadores consagrados como Ronaldo, Ro­­nal­­dinho Gaúcho, Romário, Be­­beto, entre outros, falharam em Olimpíadas.

Ao mesmo tempo, é interessante para consolidar o nome de boa parte dos atletas, ainda em busca de um lugar ao sol no cenário internacional da bola – dos titulares, somente os atacantes Leandro Damião e Neymar atuam no Brasil, por Internacional e Santos, respectivamente. "Ser campeão olímpico com certeza é algo bom para a nossa carreira", afirma Alex Sandro, lateral-esquerdo do Porto.

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