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Maurren Maggi saltou 6,37 m, apenas a 15ª marca | Pawel Kopczynski/ Reuters
Maurren Maggi saltou 6,37 m, apenas a 15ª marca| Foto: Pawel Kopczynski/ Reuters

110m com barreiras

Chinês sente lesão, cai e revive drama olímpico

Campeão olímpico em Atenas-2004 nos 110 metros com barreiras, o chinês Liu Xiang (foto) se despediu dos Jogos de Londres de maneira melancólica. Ele nem chegou a completar a sua estreia na fase eliminatória da prova. O atleta bateu na primeira barreira, caiu e foi eliminado do torneio.

Vice-líder no último Mundial, o chinês viveu seu segundo drama consecutivo em Olimpíadas. Em Pequim-2008, quando defendia o título e competia em casa, Xiang desistiu antes da largada por conta de uma lesão no tendão de aquiles. A cena gerou uma comoção nacional.

O atleta deu a volta por cima e alcançou marcas parecidas com as de antes da lesão, mas o problema crônico no tendão voltou a incomodá-lo às vésperas dos Jogos de Londres. Por conta disso, seu técnico afirmou que o desempenho dele em 2012 seria uma incógnita.

Após a prova de ontem, o atleta, mancando no pé esquerdo, tentou deixar o Estádio Olímpico por uma saída, voltou à pista e beijou uma das barreiras. Depois, foi amparado pelo espanhol Jackson Quinonez e pelo britânico Andrew Turner na saída da pista.

Aos 29 anos, essa pode ter sido a última Olimpíada do chinês.

O americano Aries Merritt dominou as eliminatórias e, com o tempo de 13s07, foi o melhor atleta entre todas as seis baterias. As semifinais dos 110 m com barreiras acontecem hoje, às 15h15 (de Brasília), e contará com a presença de 24 atletas. A final da modalidade será logo depois, às 17h15.

  • Liu Xiang

Maurren Maggi não levará para o Brasil o presente mais aguardado da Olimpíada de Londres pela filha Sofia, de 7 anos. Ao contrário de 2008, quando a saltadora fez questão de que a menina fosse a primeira pessoa que comemorasse com ela o inédito ouro brasileiro individual em modalidades femininas, ontem, ao sair do Estádio Olímpico após a desclassificação na primeira fase do salto em distância, a atleta estava sem coragem de dizer para Sofia que o sonho do bi olímpico no salto em distância se esvaiu. "Acho que vou chorar quando ouvir a voz da minha filha. Estou evitando falar com ela. Só vou falar quando chegar ao hotel, sozinha no quarto", disse Maurren.

Com a marca de 6,37 metros, a brasileira ficou longe da previsão de chegar a 7 metros, distância que nunca mais alcançou desde os 7,04 metros cravados no ouro em Pequim. Como não atingiu a mínima de 6,70 metros para se classificar entre as 12 finalistas, a atleta deixa os Jogos de 2012 apenas na 15.ª colocação. Quando desembarcou em Londres, a brasileira havia afirmado que estava mais bem preparada do que nas duas outras Olimpíadas que disputou.

A primeira colocação no qualificatório ficou com a britânica Shara Proctor, com 6,83 metros. A bielo-russa Veronika Shutkova levou a última vaga, saltando 6,60 metros.

Maurren acredita que não tenha encaixado bem os passos no salto derradeiro de ontem. O problema teria sido o encurtamento de um dos três pulos antes do salto na caixa de areia. O que, na opinião da atleta, poderia ter garantido 20 centímetros a mais na prova e também a classificação. "Nunca me senti tão bem para entrar em uma competição e fazer um salto grande como aqui. Mas hoje [ontem] não era meu dia. Não dá para botar a culpa em nada", conformou-se.

Sem aposentadoria

Sobre os Jogos do Rio em 2016, Maurren despreza o fato de que terá 40 anos e afirma que vai estar na prova, negando-se em falar de aposentadoria até lá. "Vai dar sim. Não bebo, não fumo, não sou de balada. Então tenho todas as características para chegar aonde quero. E sou apaixonada pelo que faço e isso conta muito", enfatiza.

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