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 | Marcelo Andrade/ Gazeta do Povo
| Foto: Marcelo Andrade/ Gazeta do Povo

A equipe brasileira masculina de basquete estreia neste domingo (29) nos Jogos Olímpicos com a chance de retomar uma história de sucesso. Em Londres, completaremos 14 participações em 18 edições. O Brasil é o segundo país com maior presença olímpica, só perdendo para os EUA, com 17. Esse retorno é muito aguardado, pois estamos ausentes desde Atlanta-1996. Existe certo otimismo entre os brasileiros, pois há muito tempo não possuíamos uma geração tão talentosa. Temos jogadores espalhados pelo mundo, jogando na Europa e na NBA.

Teremos, no primeiro jogo do grupo, a Austrália, uma equipe que historicamente faz bons jogos contra o Brasil. Nosso segundo adversário é a Grã Bretanha, uma incógnita, sem tradição nenhuma no basquete, mas que deve ser respeitada por jogar em casa. Na terceira partida, enfrentaremos a Rússia, equipe forte e de grande tradição. Na penúltima, enfrentaremos a China, que cresceu muito esportivamente desde Pequim-2008 e, por último, enfrentaremos a Espanha, um dos times mais fortes do torneio.

A meu ver, temos plenas condições de brigar pelo primeiro lugar com a Espanha, o que nos colocaria numa posição confortável, brigando contra o quarto colocado da outra chave, teoricamente um adversário mais fraco, pelas quartas de final. Nesta primeira fase, na verdade, as seleções farão o máximo possível para não se classificarem em quarto lugar, o que evitaria, provavelmente, cruzar nas oitavas de final contra os EUA.

Dentro deste contexto, creio que dentre as 12 seleções que disputam o torneio, temos uma seleção americana que se sobressai e é favorita ao título se vier engajada. Brigando pelas duas outras medalhas, de prata e de bronze, estão Brasil, Espanha, Argentina, França, Lituânia e Rússia. O mais importante para o Brasil é recuperar sua autoestima, mostrar que continua sendo uma equipe de respeito e lutar por uma medalha, tendo em mente que não é vergonha nenhuma acabar em oitavo lugar, pois existe um equilíbrio muito grande entre os participantes.

Podemos tanto disputar o sétimo lugar quanto a final. É tudo possível. Quem sabe se estivermos na final contra os EUA não aprontamos de novo com eles como em 1987?

*O curitibano Rolando foi o primeiro jogador de basquete brasileiro a ingressar na NBA. Foi campeão no Pan de 1987 e participou das Olimpíadas de Seul (88) e Barcelona (92).

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