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Mayra Aguiar carrega a responsabilidade do favoritismo em Londres | Reuters
Mayra Aguiar carrega a responsabilidade do favoritismo em Londres| Foto: Reuters

Complicou. Mesmo faltando ainda quatro medalhas a serem disputadas no judô olímpico – duas na quinta-feira (2) e as derradeiras na sexta-feira (3) – as chances de o judô brasileiro atingir a meta de terminar os Jogos Olímpicos de Londres com pelo menos quatro pódios encolheram. A queda de favoritos como Tiago Camilo, Leandro Gui­­lheiro e Rafaela Silva aumenta a pressão sobre os companheiros que ainda vão subir no tatame.

Peso extra que a gaúcha Mayra Aguiar, líder do ranking mundial de sua categoria, pretende evitar em sua segunda Olimpíada nesta quinta-feira, véspera de seu 21.º aniversário. Ela é cotada pela Confederação Brasileira de Judô (CBJ) como uma das potenciais medalhistas em Londres, na disputa até 78 kg.

Sua estratégia para manter a concentração foi, na reta final, evita assistir tevê ou acompanhar às notícias na internet. O que fosse possível para não pensar no fardo do favoritismo. "Nos Jogos, isso não existe. É tudo muito parelho, principalmente na minha categoria", discursa. Sua primeira luta é contra Hana Mareghni, da Tunísia, às 7h01.

A seu favor, a gaúcha tem características comuns aos dois medalhistas do judô nacional até agora, Sarah Menezes e Felipe Kitadai. Assim como Sarah, ouro na categoria ligeiro, Mayra já tem uma edição dos Jogos no currículo, mas esta é a primeira como atleta consolidada e não apenas uma promessa da modalidade. Em Pequim-2008, as duas eram jovens revelações – a gaúcha era a mais nova da delegação brasileira, com 16 anos – que ganharam experiência, apesar da derrota na luta inicial.

Ela e Felipe Kitadai dividem o estilo de judô vindo do Sul do país. Ele trocou São Paulo por Porto Alegre para adquirir características que lhe faltavam e que Mayra conhece desde quando começou a treinar, aos 13 anos: o judô gaúcho é mais calcado na força e na explosão dos movimentos, aos moldes do que se treina na Europa. Em São Paulo, é forte a influência dos imigrantes japoneses, que trouxeram consigo a busca incessante pelo ippon usando a técnica e a flexibilidade.

Mayra é a única brasileira apontada pelos levantamentos do jornal USA Today, da revista Sports Illustrated e da revista Isto É 2016 como candidata ao pódio. Nas publicações norte-americanas, ficaria com o bronze; na revista brasileira, com a prata. As principais concorrentes são a norte-americana Kayla Harrison e a japonesa Akari Ogata.

No masculino, quem compete nesta quinta-feira pelo Brasil é Luciano Correa, que vai para sua segunda participação olímpica na categoria até 100 kg e faz a primeira luta contra Oumar Kone, de Mali, às 5h37 desta quinta-feira.

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