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Delfino consola Leandrinho: derrota amarga para o time brasileiro | Daniel Castellano, enviado especial/ Gazeta do Povo
Delfino consola Leandrinho: derrota amarga para o time brasileiro| Foto: Daniel Castellano, enviado especial/ Gazeta do Povo

O caminho

Quartas de final

• Ontem

Brasil 77 x 82 ArgentinaEUA 119 x 86 AustráliaFrança 59 x 66 EspanhaRússia 83 x 74 Lituânia

Semifinal

• Amanhã

13h Espanha x Rússia 17h Argentina x EUA

Os erros no fundamento mais básico do basquete custaram ontem a desclassificação à seleção masculina nas quartas de final da Olímpiada de Londres, na derrota por 82 a 77 para a Argentina. A equipe do técnico Rubén Magnano teve aproveitamento de apenas 50% nos lances livres – de 24 arremessos, acertou apenas 12. Se tivesse convertido metade das chances desperdiçadas, o Brasil teria terminado um ponto à frente dos argentinos, e enfrentaria os Estados Unidos na semifinal – estágio do torneio que a seleção não chega desde a Olímpiada de 1968, na Cidade do México.

"Nós tivemos um denominador comum no torneio que foi o baixo acerto de tiro livre. E para isso só há uma solução: trabalhar. Mas não nos 45 dias de competição, mas sim 365 dias por ano", enfatizou o treinador.

O técnico também tratou de valorizar a equipe argentina, que conta com alguns jogadores com quem ele conquistou o ouro em Atenas-2004, como o armador Manu Ginóbili e o pivô Luis Scola. Mas criticou a postura da equipe brasileira na defesa, considerada pelos jogadores a principal transformação tática implantada pelo técnico desde que assumiu o comando da seleção, em 2010. Com falhas constantes no ataque, o Brasil não conseguia segurar o contra-ataque dos vizinhos sul-americanos, que chegaram a abrir 15 pontos de diferença durante a partida. "Eles jogaram um jogo inteligente e, por alguns momentos, o que era o nosso grande estandarte, a defesa, não funcionou", avaliou Magnano.

Antes de começar a entrevista coletiva após a partida, Magnano fez questão de enfatizar que, apesar da desclassificação, o Brasil deixa os Jogos de Londres de cabeça erguida. O treinador apontou ainda haver falta de experiência no grupo em grandes decisões. Mas que isso virá com o tempo. "Quanto demora uma semente de bambu para florescer? Precisa de três ou quatro anos para começar a aparecer em cima da terra. Já estamos com uma raiz bem forte e grande", comparou.

O ala/pivô Guilherme Gio­­vanoni conta que a principal conquista que o basquete brasileiro leva de Londres é o fato de voltar a ter confiança de jogar de igual para igual com as grandes equipes. "Fomos uma equipe lutadora e isso devemos muito ao Rubén, que mudou a nossa cara de jogar, fazendo com que jogássemos olhando na cara dos caras", enfatiza.

Apesar do retorno da seleção à elite mundial, Mag­­nano vê com preocupação o futuro do basquete brasileiro pela falta de incentivo na base. Já para os Jogos do Rio-2016 a seleção terá de passar por uma boa renovação, já que dos dez jogadores do elenco, quatro tem mais de 30 anos e três completam esta idade ainda em 2012. "Nosso olhar tem de estar além de 2016. Tem de estar no futuro do basquete, não apenas em um único Jogos Olímpicos", avalia o treinador.

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