• Carregando...

Feminino

A seleção brasileira feminina de basquete venceu a Croácia por 87 a 84, em amistoso ontem, em Londres, o último antes da estreia nos Jogos. A estreia é contra a França, sábado, às 16 horas (de Brasília).

Assim que se naturalizou brasileiro, em abril, o armador Larry Taylor botou uma meta na cabeça: aprender a cantar a difícil letra do Hino do Brasil em apenas três meses. A data para decorar a música não era aleatória. Nascido em Chicago, nos Estados Unidos, o armador do Bauru Basquete (SP) não queria fazer feio caso o técnico Rubén Magnano decidisse levá-lo à Olímpiada de Londres.

A convocação veio. E agora Larry corre contra o tempo para cantar com fluência o hino na estreia do basquete masculino brasileiro domingo, diante da Austrália. "Tem algumas palavras que eu nunca ouvi. Mas já sei cantar 80%. É só repetir bastante que vou cantar direito [na estreia]", garante o jogador, que tem se esforçado na entonação pelo site de vídeos Youtube. "O bom é que lá tem a letra, aí consigo acompanhar cantando e aprendo melhor", explica.

Mas a intenção de ter a canção na ponta da língua não partiu apenas do jogador. Assim que o armador obteve a cidadania brasileira, após cinco anos atuando no país, o time dele, o Bauru Basquete, criou uma campanha no Facebook para ajudá-lo na empreitada. O apoio virou febre entre os torcedores da equipe paulista na mídia social. O que o cativou de vez.

"O que eu mais gosto do Brasil são as pessoas. O Vanderlei [Mazzuchini, diretor da seleção masculina de basquete] foi quem teve a ideia de eu me naturalizar. Mas o que pesou foi o carinho da torcida. Isso é muito legal", reconhece o atleta.

Respeito que Larry ganhou não só da torcida e dos dirigentes. Para ele, a recepção dos outros jogadores do elenco foi fundamental para a ambientação na seleção. "Todos me receberam bem. E o respeito é mútuo, da minha parte também", garante o jogador, que, como bom brasileiro que se transformou, até time já tem. "Aqui tem um bando de louco! Louco por ti, Corinthians", brincou na entrevista após o treino de ontem, no Lee Valley Athetic Centre, nos arredores de Londres.

Mesmo com pouco tempo no time brasileiro, Larry já teve de encarar o grande desafio de quem decide jogar por outra seleção: enfrentar a equipe do país onde nasceu. No último amistoso antes dos Jogos, o Brasil perdeu em Washington por 80 a 69 para os americanos, favoritos à medalha de ouro nos Jogos de Londres. Mas não fez feio. Na partida, que foi acompanhada pelo presidente Barack Obama, Larry afirma não ter sentido o peso de enfrentar seu país de origem. "Nem vontade de cantar o hino dos Estados Unidos eu tive", brinca o armador.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]