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O balanço do esporte brasileiro de alto rendimento em 2013 foi tão animador em termos de pódios que se pelo menos as 27 medalhas conquistadas em Campeonatos Mundiais no ano passado se repetirem nos Jogos do Rio, em 2016, o Brasil ficará, pela primeira vez, entre dez primeiros colocados no quadro de medalhas.

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Subir do 22.º lugar conquistado em Londres-2012 para o 10.º lugar no ranking é a meta traçada pelo Comitê Olímpico Brasileiro (COB) para a delegação que será a anfitriã dos próximos Jogos.

Com oito ouros, dez pratas e nove bronzes em Mundiais, o Brasil foi o oitavo país que mais subiu em pódios em 2013, melhorando a própria marca em outros anos subsequentes a uma Olimpíada. Em 2001, após o fiasco dos Jogos de Sydney (em que o Brasil não ganhou nenhum ouro olímpico), foram sete medalhas; em 2005 (pós Atenas) foram 11; e em 2009 (pós Pequim), nove.

Se o cálculo considerasse primeiramente as medalhas de ouro, o Brasil cairia para a 12.ª posição da lista de 2013, ultrapassado por Japão (dez ouros), Coreia do Sul, Hungria e Nova Zelândia (nove), todos com menos pódios que o Brasil na contagem geral.

A comemorar, as medalhas vieram em 13 modalidades diferentes, ampliando o leque de esportes em que o país se destaca internacionalmente. Nos Jogos de Londres, as 17 medalhas (três de ouro) foram em nove modalidades.

As surpresas brasileiras no último ano foram os títulos da seleção feminina de handebol, conquista inédita para a modalidade, e o velejador Jorge Zarif, campeão na Classe Finn, encerrando um jejum de 41 anos sem um brasileiro vencedor de Mundial na categoria.

"Os resultados em competições internacionais demonstram que o esporte olímpico brasileiro está no estágio planejado. Além de comprovarem a evolução, os resultados conquistados neste ano mostram que estamos no caminho certo. Hoje temos mais atletas individuais classificados entre os 20 melhores do mundo do que tínhamos no primeiro ano do ciclo olímpico de Londres-2012", avalia o diretor-executivo de esportes do COB, Marcus Vinícius Freire.

A comparação do resultado em Mundiais com o quadro de medalhas olímpico, cabe lembrar, é uma conta imprecisa, afinal, o primeiro ano de um ciclo olímpico é o momento de transição de muitos atletas. Um bom exemplo é o vôlei de praia, em que as duplas estão se refazendo e ganhando ritmo.

O campeão mundial na ca­­­­noagem Isaquias Queiroz, por exemplo, reclamou da falta de investimentos e equipamentos para sua preparação logo após a conquista. No judô, o desempenho do masculino no Mundial ficou aquém do esperado (apenas a prata de Rafael Silva) faz a confederação criar treinamentos abertos das seleções para detectar novos talentos.

Os casos mais críticos foram nas seleções de atletismo e basquete masculino. A primeira não subiu em nenhum pódio no Mundial – a principal chance de medalha, no revezamento 4x100 m feminino, foi desperdiçada com a queda do bastão na transição. No basquete, o fiasco foi completo: sem os atletas da NBA, que pediram dispensa, o time comandando perdeu as quatro partidas na Copa América e não tem vaga para o Mundial neste ano.

O principal compromisso dos atletas brasileiros em 2014 será em março, quando o país disputa os Jogos Sul-Americanos de Santiago (Chile), com cerca de 500 atletas. Em 2015, será a vez dos Jogos Pan-americanos de Toronto (Canadá), quando a delegação estará ainda mais próxima daquela que disputará o Rio-2016.

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