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Capitaneada por Cesar Cielo, equipe de natação apresentou evolução após o Mundial de Piscina Curta | Reuters
Capitaneada por Cesar Cielo, equipe de natação apresentou evolução após o Mundial de Piscina Curta| Foto: Reuters

A Olimpíada do Rio abre hoje a contagem de 600 dias até a abertura oficial dos primeiros Jogos na América do Sul. Alguns dos candidatos brasileiros ao pódio terminaram em alta a temporada como impulso para encarar essa metade final do ciclo olímpico.

O plano ousado do Comitê Olímpico Brasileiro (COB) de alcançar o recorde 27 de medalhas tem em 2015 um ano importante para avaliar os atletas e confirmar a meta.

Serão 21 eventos-teste só na capital carioca, além de torneios importantes para a preparação dos representantes que ocuparão as 300 vagas já asseguradas ao país-sede. Além das modalidades mais representativas do país, 2014 trouxe resultados expressivos que colocaram foco em novas revelações.

Esporte recordista em pódios olímpicos para o Brasil, com 19 medalhas, o judô espera colocar o maior número de atletas na zona de ranqueamento olímpico. Ficar como cabeça de chave no sorteio e ter o benefício de enfrentar adversários mais fracos na primeira rodada dos Jogos é a vantagem que a Confederação Brasileira de Judô (CBJ) quer ter e por isso busca bons resultados pré-Jogos.

O Mundial da categoria em 2015 será no Casaquistão e uma das esperanças do país recai sobre a campeã mundial no ano passado, Rafaela Silva. Ela terminou o ano com a medalha de bronze da categoria até 57 kg do Grand Slam de Tóquio. A brasileira conseguiu ir ao pódio mesmo após sofrer lesões.

Capitaneada pelo campeão olímpico e mundial Cesar Cielo, a equipe nacional de natação confirmou a evolução após o título no Mundial de Piscina Curta e o recorde de sete medalhas. Em 2015, o grande teste em piscina olímpica será em julho, em Kazan, na Rússia. "De 2008 para cá é perceptível a evolução que tivemos com relação à seriedade das pessoas mesmo, é impressionante como a equipe está superprofissional", afirmou Cielo.

Também na água, a revelação da canoagem brasileira Isaquias Queiroz mostrou que pode surpreender no Rio-2016. O baiano de 19 anos teve duas conquistas no Mundial de Canoagem de Velocidade, em Duisburg, na Alemanha. Foi ouro no C1 500m, uma prova não olímpica, e bronze no C1 1.000m, essa sim presente no programa olímpico. O maior desafio da próxima temporada será no Campeonato Mundial em agosto na Itália.

No mar, o maior medalhista olímpico do Brasil em atividade, Robert Scheidt prepara a despedida após 2016 enquanto uma nova geração começará a buscar sucesso nos ventos do maior evento esportivo do planeta.

Entre as apostas brasileiras estão Martine Grael – filha da lenda olímpica Torben Grael – e Kahena Kunze, que fecharam a temporada eleitas pela Federação Internacional de Vela (ISAF, em inglês) como as melhores do ano. Em 2014, a dupla da classe 49erFX conquistou as etapas de Hyéres e Mallorca da Copa do Mundo e foram campeãs mundiais da categoria

Quem também planeja se aposentar da seleção após a Olimpíada do Brasil é o técnico Bernardinho. O primeiro lugar no pódio seria o desfecho ideal após 13 anos à frente do time nacional. Mas o desafio não é tão simples. "A seleção feminina tem demonstrado uma capacidade superior à da masculina. Temos uma geração que talvez não tenha a mesma competência da feminina. Mas estaremos na briga por uma medalha de ouro", espera. O calendário de 2015 reservou a final da Liga Mundial para o Maracanãzinho, no Rio, como parte dos eventos-teste.

Na seleção feminina, os Jogos de 2016 serão provavelmente a última Olimpíada de jogadoras como Sheilla, Fabiana e Jaqueline. As três vão em busca do tricampeonato, e assim igualar a seleção de Cuba dos anos 1990.

No handebol, o título mundial em 2013 mudou o status do time brasileiro e as meninas da seleção confirmaram a boa fase ao conquistarem em novembro o título invicto do Torneio Internacional da Espanha de Handebol. O resultado serviu para o técnico dinamarquês Morten Soubak – eleito um dos melhores do ano pelo COB – aprimorar o estilo de jogo visando o calendário de 2015, que terá os Jogos Pan-americanos de Toronto e o próximo Mundial, marcado para dezembro, na Dinamarca.

O vôlei de praia, responsável por 11 medalhas olímpicas, termina a temporada entre os melhores dos rankings mundiais tanto no feminino quanto no masculino. Juliana e Maria Elisa conquistaram o Circuito Mundial e mantiveram a longa hegemonia brasileira: desde 2002, nenhum outro país consegue o título no feminino.

Ginástica

Campeão das argolas em Londres-2012, Arthur Zanetti se manteve no topo no ano pós-olímpico. Em 2014, venceu o Pan-Americano de Ginástica (CAN) e foi vice-campeão mundial nas argolas em Nanning (China). O atleta comemora a confirmação de São Paulo como uma das paradas da Copa do Mundo de Ginástica em 2015 – a disputa que deve ser confirmada para abril volta ao Brasil após nove anos.

A falta de eventos internacionais no país era uma reclamação dos atletas que esperam classificar pela primeira vez a equipe masculina de ginástica para os Jogos Olímpicos. O Mundial de 2015 será em Glasgow, na Escócia.

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