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Dupla campeã mundial com as crianças do Projeto Agatha, em Paranaguá | /Débora Mariotto
Dupla campeã mundial com as crianças do Projeto Agatha, em Paranaguá| Foto: /Débora Mariotto

Às vésperas de ano olímpico, a campeã mundial de vôlei de praia Agatha Bednarczuk deu um tempo na rotina pesada de treinos para visitar crianças e adolescentes de Paranaguá participantes do Projeto Agatha -- mantido pela jogadora. Com a companheira de dupla, Bárbara Seixas, com quem já está classificada para a Rio-2016, ela tirou fotos, distribuiu autógrafos e até disputou uma partida.

A dupla contou que está focada nos Jogos do Rio. A rotina de treinos, que é bastante pesada, como elas ressaltam, está “desacelerando agora”, mas deve voltar a todo vapor a partir de janeiro. “Vamos voltar totalmente focadas nos jogos, vamos deixar alguns torneios de lado e dar o nosso máximo”, garante Agatha.

“Para chegar até aqui, foi muito trabalho e agora, na reta final, precisamos ter mais cuidado e mais foco para chegar lá muito bem preparadas. A expectativa é muito grande e estamos conscientes disso”, completa Barbara.

Projeto Agatha

Atualmente, 310 crianças e adolescentes participam do Projeto Agatha – que ensina vôlei de praia e beachsoccer, no contraturno escolar – em Paranaguá, no Litoral do Paraná.

O sucesso do projeto inspira tanto os alunos quanto outros profissionais, como a parceira, Barbara, que revelou o desejo de adotar uma iniciativa similar. “Eu sei que demanda muita dedicação e trabalho, a Agatha sempre fala sobre como é manter o projeto aqui, mas é muito gratificante ver as crianças com toda essa estrutura. Faz tempo que eu queria conhecer”, avalia.

Jeferson Cristiano Batista foi de Guarapuava até Paranaguá para apresentar à dupla o projeto Vôlei-Base, que atende crianças de 7 a 11 anos, na cidade dele, há seis anos. “Vim em busca de inspiração e também de motivar as crianças de lá, vendo atletas profissionais”, conta. As atletas pediram para conversar com ele e conhecer melhor o projeto.

Millena Kaminski, de 15 anos, é uma das adolescentes que tem a dupla como inspiração. Ela foi uma das escolhidas para entrar em quadra na partida de domingo. “Saber que eu vou jogar com ela (Agatha) hoje é muita emoção, ainda mais sendo a dupla das olimpíadas”, conta.

“Ela levanta às cinco da manhã e só volta para casa às oito da noite. Eu tenho orgulho da dedicação e a gente faz o que pode para ajudar, incentivar esse sonho de ser jogadora profissional”, diz o pai de Millena, Marciel Kaminski.

“O esporte tem valores maravilhosos pra vida e se eu comecei treinando aqui, sem estrutura, e consegui. Eles, tendo estrutura, podem ser melhores do que eu. Se sair um atleta daqui, a cidade vai amar e eu vou ficar muito feliz”, finaliza a idealizadora.

Modelo

Além da areia e das ações sociais, Agatha se dedica a outra atividade. A carreira de modelo, anunciada recentemente, é uma de suas atividades paralelas. “Eu nunca me contento em fazer uma coisa só, o projeto é prova disso, e agora vou retomar a carreira de modelo, mas o vôlei é a minha prioridade”, afirma. Para ela, ser modelo é um “algo a mais que não pode atrapalhar o vôlei”.

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