Estádio deixa pentacampeões ‘com inveja’

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A última participação do País de Gales em uma Copa do Mundo foi em 1958, ano do primeiro título do Brasil, na Suécia. Na oportunidade, os galeses acabaram batidos nas quartas de final por 1 a 0, com um gol de um moleque de 17 anos apelidado Pelé. Os 54 anos de ausência da elite da bola, no entanto, não os impediram de contar com um estádio de causar inveja ao time agora pentacampeão mundial.

É o Millennium Stadium, palco da estreia brasileira no futebol feminino, ontem, e do masculino hoje, além de outros confrontos ao longo da Olimpíada. Localizada na pequena Cardiff – cidade com apenas 341 mil habitantes, a duas horas de trem de Londres –, a praça esportiva dispõe de tudo o que não se encontra pelos estádios do Brasil.

Tamanho luxo justifica-se na parceria com o rúgbi. Inaugurado em 1999, ao custo de 121 milhões de libras na época, o Millennium foi projetado para ser também a casa da seleção e da liga nacional do esporte que, este sim, o País de Gales disputa com desenvoltura. Além disso, abriga concertos musicais.

Suas arquibancadas possuem capacidade para confortáveis 75 mil lugares. Todos os assentos têm cadeiras, são cobertos e permitem visão privilegiada da partida. A proteção contra o mau tempo se estende aos jogadores. Basta acionar o teto retrátil. Artifício que não vem sendo utilizado, uma vez que o sol tem aparecido diariamente, uma visita pouco comum na região. Ao que tudo indica, Brasil e Egito atuarão igualmente ao ar livre – a não ser que os técnicos das duas equipes concordem em cobrir o campo.

Sobre a grama, e se comparada aos pisos horríveis de uma parcela considerável dos estádios brasileiros, alguém mais empolgado diria que ela cairia bem em uma salada com molho caesar ou italiano. A bola rola com perfeição, é proibido errar passes. A praça esportiva detém ainda dois telões gigantes, instalados na estrutura que suporta a cobertura, acima dos gols.