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Isaquias Queiroz , uma das grandes esperanças de medalhas para o Brasil na Rio-2016. | Jonathan Campos/Gazeta do Povo
Isaquias Queiroz , uma das grandes esperanças de medalhas para o Brasil na Rio-2016.| Foto: Jonathan Campos/Gazeta do Povo

Fenômeno da canoagem de velocidade brasileira, o baiano Isaquias Queiroz garante que desafia o tempo. Aos 21 anos, ele acumula três medalhas de ouro em Mundiais, fato pouco comum na modalidade, já que fisiologicamente o corpo de um atleta de sua idade ainda não chegou ao ápice de resistência física.

“Sempre ouvi dizer que o atleta só está no melhor do seu nível com 28, 30 anos. Eu sempre achei isso errado. Acabei provando para o mundo inteiro que na verdade não existe essa de idade no esporte. Existe a capacidade do atleta, do treinador, de você dar seu máximo”, diz o canoísta nascido em Ubaitaba, conhecida como a cidade das canoas, na Bahia.

Queiroz começou a treinar aos 11 anos, em um programa social. Hoje, considerado uma das esperanças de ouro para o Brasil nos Jogos Olímpicos Rio-2016, tem consciência do tamanho da pressão sobre seus ombros. Situação sumariamente ignorada. Apesar de o objetivo ser a Olimpíada, o pensamento é remada a remada.

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“Eu faço meu trabalho, como qualquer atleta. Tive oportunidade de ser campeão mundial, bicampeão mundial, mas para mim quando um campeonato acaba é como se nada tivesse acontecido. Volto para o começo, do zero. Para no próximo campeonato ter resultado de novo”, explica o atleta de 1,75 m de altura e 84 kg.

A evolução física é evidente, mas já podia ser percebida no início. “Ele já tinha diferencial dos demais. Eram todos carentes, mas você via o biotipo diferenciado. Sempre foi assim”, conta Figueroa Conceição, primeiro técnico de Isaquias e hoje comandante da seleção feminina permanente, em Curitiba.

Além do porte físico privilegiado, Queiroz também tem outra característica de vencedor. A competitividade aflorada. “Ele não gosta nem de perder no videogame”, releva Figueiroa.

Fator também ressaltado por Sebástian Cuattrin, maior nome da canoagem brasileira, dono de 11 medalhas em Pans. “O Isaquias é um fenômeno porque alia qualidade de um grande campeão: não tem medo, é novo e com uma genética muito boa“, confirma Cuattrin.

O senso de buscar a vitória a todo custo, porém, fica atrás do sentimento de grupo. No Mundial da semana passada, na Itália, Isaquias competiu na classe C1 200 m, na qual não é especialista, para tentar garantir a vaga olímpica para o país. Ficou com o bronze e a classificação, mas não disputou a prova de C1 1.000 m, uma das provas que disputará no Rio. “Abri mão em benefício do time”, fala. “Sem o coletivo o Isaquias não remaria metade do que rema hoje”, lembra o técnico da seleção, o espanhol Jesús Morlán.

“Meu técnico não me cobra para vencer. Me cobra para fazer meu melhor. Tenho certeza que medalha é o que não vai faltar para a canoagem brasileira”, conclui o fenômeno de 21 anos, o primeiro brasileiro a subir no pódio em um Mundial júnior (2011) e sênior (2013).

“Com fé em Deus também será o primeiro a conquistar uma medalha olímpica”, acredita seu descobridor.

  • Capivaras observam treino de Isaquias Queiroz em Curitiba.
  • Baiano Isaquias Queiroz é esperança de medalha nos Jogos Olímpicos Rio-2016
  • Além de dois ouros no Pan, Isaquias também é campeão Mundial na classe C2 1.000 m, ao lado de Erlon Souza
  • Técnico Jesús Morlán orienta Isaquias Queiroz antes do treino em Curitiba.
  • Isaquias Queiroz treina para o Brasileiro de canoagem em Curitiba.
  • Isaquias Queiroz antes do treino em Curitiba.
  • Isaquias Queirozobserva sua canoa
  • Isaquias Queiroz leva a canoa para a raia no Parque Náutico do Iguaçu
  • Técnico Jesús Morlan comanda a seleção permanente de canoagem de velocidade
  • Curitiba também recebe provas de paracanoagem
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