Ouro nos Jogos Olímpicos de Pequim 2008, a saltadora Maurren Maggi arrecadou apenas 38% do valor pedido em um site de financiamento coletivo para poder realizar seus treinos para a Olimpíada do Rio 2016. Em pouco mais de 50 dias, Maurren arrecadou R$ 38,7 mil dos R$ 100 mil desejados. As doações vão de R$ 10 a R$ 15 mil.
A campanha, que se encerra nesta quarta-feira, tem o objetivo de conseguir dinheiro e até patrocinadores para cobrir os custos e o pagamento de profissionais envolvidos no treinamento da atleta por um período de 100 dias.
Maurren, 37 - completa 38 em junho - , está sem patrocínio desde janeiro de 2013. O último patrocínio dela foi da Nestlé, até o fim de 2012, quando competia pelo São Paulo. Do governo federal recebeu, em fevereiro, a última das 12 parcelas de R$ 3,1 mil do Bolsa Atleta a que tinha direito devido à participação na Olimpíada de Londres, em 2012, na qual não se classificou para as finais.
"Estava pagando para ficar na pista. É injusto ter que gastar o dinheiro que eu havia guardado. Seria um mau exemplo para os outros atletas", afirmou em entrevista em fevereiro. "Eu podia virar uma dondoca, mas não quero. Melhor pedir dinheiro para o povo do que ouvir promessas de empresários", disse.
Segundo o técnico da seleção de atletismo, Nélio Moura, o plano para Maurren seria voltar a treinar neste ano para competir apenas em 2015 e 2016.
No site de financiamento coletivo, Maurren explica que sempre correu atrás de patrocinadores e conseguiu, mas neste ano não obteve sucesso, já que os "olhos dos patrocinadores estão voltados para o futebol [Copa do Mundo] e os outros esportes ficam de lado".
A saltadora prometeu "recompensas" para quem participar da campanha que vão desde almoço ou jantar com a atleta, camiseta autografada, vídeo e/ou agradecimento em rede social, créditos no filme da campanha, fotos de treinos e assistir uma competição de esportes.
O site em que a atleta pede ajuda é o Kickante Couwdfounding.
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