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O dinamarquês Morten Soubak faz um trabalho notável na seleção feminina de handebol, recentemente campeã mundial | George Licovski / EFE
O dinamarquês Morten Soubak faz um trabalho notável na seleção feminina de handebol, recentemente campeã mundial| Foto: George Licovski / EFE

Toda ajuda para colocar o Brasil entre os dez primeiros colocados no quadro de medalhas dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro em 2016 é bem-vinda. Isso inclui contar com apoio internacional para transmitir novos conhecimentos aos atletas.

Conheça os treinadores estrangeiros das seleções brasileiras de esportes olímpicos

Não por acaso, o número de técnicos estrangeiros no comando das seleções olímpicas é crescente. Em 2013, somaram-se 46 nomes, de 22 países, atuando em 23 modalidades – na delegação brasileira dos Jogos de Londres, 35 técnicos não eram brasileiros.

A influência deles sobre os atletas visa, sem delongas, pódios. Mas, em várias modalidades, a intenção é que o know-how desses treinadores também se reflita na evolução do esporte, com a capacitação de outros técnicos pelo país.

É o caso do judô, que recebeu a técnica japonesa Yuko Fuji em maio, contratada pelo Comitê Olímpico Brasileiro (COB). "A vinda dela é para trabalhar os fundamentos do judô. Percebemos que atletas de todas as idades vinham apresentando deficiências no shintai [deslocamento no tatame], no kusushi [pegadas de desequilíbrio do adversário]. Perdemos um pouco da essência do judô e ela vem nos ajudar a resgatar isso. Além de atuar com os atletas da seleção, a Yuko tem feito trabalhos com técnicos dos clubes, das federações", destaca a técnica da seleção feminina, Rosicléia Campos.

No polo aquático, modalidade em que o Brasil nem sequer tem se classificado nas últimas Olimpíadas, a Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA) vinha contando com a assessoria do sérvio Mirko Blazevic no comando do time masculino. Em agosto, quem assumiu a equipe foi o técnico croata Ratko Rudic, campeão olímpico em 2012.

"Ele tem cinco medalhas olímpicas e o que o atraiu para assumir uma equipe sem tradição de pódios como a brasileira foi justamente a possibilidade de desenvolver o esporte do ponto de vista técnico. Ele mesmo manifestou a vontade de trabalhar com técnicos nacionais, transmitir sua experiência, sem a necessidade de competir por mais um pódio. Ainda assim, nossa meta é ficar em sexto lugar, o que não é pouco. A Grã-Bretanha e a China, quando foram países-sede, ficaram em último lugar", fala o coordenador-técnico do polo aquático da CBDA, Ricardo Cabral.

Para a equipe feminina, um técnico canadense deve chegar ao país para 2014. Cabral não confirma o nome, mas o mais provável é que seja o diretor de alto rendimento da seleção canadense, Patrick Oaten.

"A contratação de estrangeiros é feita sempre com base na análise das necessidades específicas de cada modalidade. Procuramos trazer técnicos experientes e que venham de países com tradição em esportes com potencial de crescimento no Brasil", explica o diretor-executivo do COB, Marcus Vinícius Freire. Em 2013, o comitê contratou cinco treinadores para as confederações. Além da japonesa Yuko, estão o espanhol Jésus Mórlan, para a canoagem de velocidade, e os bielorrussos Alexander Alexandrov, Margarita Vatnika e Vladimir Vatkin para a ginástica artística.

Há ainda os que não vivem no Brasil, mas que atendem atletas brasileiros, como o norte-americano Donald Scott Goodrich, 26 anos, contratado pela CBDA a pedido do nadador Cesar Cielo, e o ucraniano Vitaly Petrov, que, depois de encerrar a parceria com a russa Yelena Isinbayeva, auxilia os treinamentos de Fabiana Murer no salto com vara.

Um dos principais critérios é contar com um treinador com experiência (e títulos) de um país em que o esporte seja tradicional. Não por acaso, o reforço do rúgbi vem da Nova Zelândia e o da esgrima é italiano. Mas há casos que fogem à regra, como os dos treinadores de boxe Abel Bokovo, da pequena Guiné-Bissau, e o francês Jean Renee Mourie, no tênis de mesa.

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