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Estreias

Amanhã, primeiro dia das competições de judô, entram no tatame a segunda favorita na categoria até 48 quilos, Sarah Menezes, que estreará contra a vietnamita Ngoc Tu Van, número 54 do mundo, e Felipe Kitadai (60 kg), que enfrentará o mongol Tumurkhuleg Davaador. Os combates estão previstos para o início da manhã, a partir das 5h.

Dos 14 judocas brasileiros que vão competir a partir de amanhã em busca da medalha olímpica, apenas cinco, (um terço) tinha mais de cinco anos quando o paulista Ro­­­­­­gério Sampaio ganhou o últi­­mo ouro da modalidade para o país em Jogos Olím­­pi­­cos, há 20 anos, em Bar­­ce­­lo­­na-1992.

Se há duas décadas Sam­­paio foi considerado um azarão, a equipe atual chega a Londres como um dos gigantes do judô mundial. Muito devido pelo grande aporte financeiro investido na seleção principal. "Esta é a geração mais talentosa do judô brasileiro. Queremos alcançar ao menos quatro medalhas, e pelo menos uma medalha de ouro, o que seria nosso melhor resultado histórico. Uma final feminina já seria fantástico", projeta o coordenador técnico da Confederação Brasileira de Judô (CBJ), Ney Wilson.

Metade da receita da enti­­dade é destinada aos atletas. Os ganhos anuais da CBJ são em torno de R$ 34 milhões, entre verbas públicas (42% da renda total, sendo R$ 3,2 milhões do repasse da Lei Agnelo/Piva) e patrocínios públicos e privados (Infraero, Sadia, Bradesco, Sca­­nia, Mizuno e Cielo).

Apesar de nem tudo entrar diretamente no caixa da entidade – há cotas que são para a realização de eventos e em forma de apoio, como uniformes e transporte –, a confederação deu aos atletas uma preparação de invejar outras seleções nacionais nos últimos anos.

A começar pelo aumento exponencial de milhagem aérea acumulada pelos judocas da seleção: rara foi a etapa de Circuito Mundial, Grand Slam ou Copa do Mundo que não teve brasileiros na disputa nos últimos quatro anos. A rodagem internacional elevou o nível técnico e ampliou a possibilidade de somar pontos no ranking, pela primeira vez usado como critério classificatório para os Jogos.

A confederação também abriu mão dos cômodos gratuitos na Vila Olímpica para ficar em um hotel em Shef­­field, a duas horas de Londres, blindando o time do clima eufórico do evento. A equipe ficará na cidade durante as competições e os atletas virão escalonados à capital inglesa nos dias de suas competições.

Isso sem contar os "mimos" bancados aos atletas. A CBJ paga, por exemplo, o quarto de um apart-hotel em São Paulo para Leandro Guilheiro, líder do ranking na categoria até 81 kg. A medida foi para evitar o desgaste com as viagens do atleta, que treina na capital paulista e mora em Santos. Também banca a permanência de Sarah Me­­nezes (categoria até 48 kg) no Recife, para que siga treinando na cidade natal e morando com a família.

O Brasil é um dos três países com judocas nas sete categorias masculinas e sete femininas dos Jogos, além de Japão e França. Guilheiro, Mayra Aguiar (até 78 kg), Ra­­fae­­la Silva (até 57 kg), Tiago Camilo (até 90 kg) e Sarah es­­tão na lista dos favoritos a chegar às semifinais e assegurar pódio.

As disputas começam amanhã pela categoria super­­li­­geiro, com Sarah e o paulista Felipe Kitadai (até 60 kg) e vão até dia 3 de agosto, com a categoria pesado, na qual luta o sul-matogrossense radicado em Rolândia, Rafael Silva.

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