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Mário Andrada, diretor de comunicação dos Jogos do Rio-2016, minimiza os problemas do zika vírus durante a Olimpíada. | Vanderlei Almeida/AFP
Mário Andrada, diretor de comunicação dos Jogos do Rio-2016, minimiza os problemas do zika vírus durante a Olimpíada.| Foto: Vanderlei Almeida/AFP

A venda de ingressos para a Olimpíada não teve impacto do surto de vírus zika no Brasil. É o que afirma o Comitê Rio-2016, que organiza os Jogos no Brasil, a serem realizados em agosto deste ano. A informação foi dada nesta terça-feira (2) durante encontro de mídia, conduzido pelo diretor de comunicação dos Jogos, Mário Andrada.

Segundo o comitê, 2,75 milhões de ingressos já foram vendidos no país. Isso representa 74% da meta de arrecadação prevista, cujo valor não foi divulgado. O total de ingressos ofertados no Brasil é de 5 milhões. De acordo com Andrada, os cerca de 2,2 milhões de ingressos oferecidos no exterior já foram quase todos vendidos.

“A carga [de ingressos no exterior] já foi quase vendida. Não sentimos isso [queda nas vendas em função da doença]”, disse.

Em coletiva de imprensa com a presença do secretário municipal de Saúde, Daniel Soranz, e o diretor do serviço médico da Rio-2016, João Granjeiro, o comitê informou que segue as orientações da OMS (Organização Mundial de Saúde), que emitiu na segunda alerta mundial com relação à doença. Há a suspeita de que o vírus zika tenha relação com surto de nascimentos de bebês com microcefalia no Brasil.

Segundo Granjeiro, o comitê e a Prefeitura do Rio estão trabalhando em ações preventivas, com visitas regulares a instalações em construção, como o Parque Olímpico e Vila dos Atletas, na Barra da Tijuca, a fim de verificar possíveis focos de proliferação do mosquito.

Granjeiro afirmou ainda – em declaração semelhante à dada pelo prefeito do Rio, Eduardo Paes, na semana passada – que no período de realização dos Jogos, em agosto, a incidência do mosquito é menor na cidade em relação, por exemplo, aos meses de verão. O mosquito que transmite o vírus é o Aedes Aegypt, o mesmo da dengue.

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“Na área da Barra nós temos outro tipo de mosquito, o Culex [espécie de pernilongo], que no Brasil não transmite qualquer doença”, disse o secretário de Saúde do Rio, Daniel Soranz. A Barra da Tijuca é um bairro que fica em área de mangues e outros terrenos alagadiços, conhecidos pela grande quantidade de mosquitos.

Segundo Soranz, as empreiteiras que fazem obras para os Jogos são orientadas a informar e também combater focos de mosquitos nas instalações.

De acordo com Mário Andrada, diretor de comunicação da Rio-2016, o orçamento do comitê não inclui novos aportes de dinheiro para ações de combate ou prevenção do mosquito. “Não muda nada. O orçamento está mantido. Fazemos buscas regulares por locais com água parada nas instalações”, disse.

A despeito de ter informado que está tomando todas as precauções contra o surto da doença, nenhuma medida adicional foi anunciada em função do alerta da OMS. “Vamos seguir as recomendações da OMS para essa e qualquer evolução no quadro geral”, afirmou Granjeiro, diretor do serviço médico da Rio-2016.

As recomendações incluem uso de repelentes e roupas de mangas longas. Também há a orientação de que grávidas visitem um médico antes de viajar para locais em que há incidência da doença.

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