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Após momento ruim, Sarah Menezes vem em ascenção para a Olimpíada do Rio. | /Wander Roberto/Inovafoto/COB
Após momento ruim, Sarah Menezes vem em ascenção para a Olimpíada do Rio.| Foto: /Wander Roberto/Inovafoto/COB

Só será oficial quando a Confederação Brasileira de Judô (CBJ) anunciar a convocação dos 14 judocas que representarão o Brasil nos Jogos do Rio, mas já é certo que Sarah Menezes estará na lista. Única rival da piauiense na corrida olímpica, Nathalia Brígida ficou fora da convocação para os dois próximos torneios e não lutará mais até o fim do período de classificação. Sarah, assim, não tem mais como ser alcançada no ranking na categoria até 48kg.

Durante uma temporada para esquecer em 2015, Sarah viu a vaga olímpica ficar mais perto de Nathalia Brígida do que dela. Mas a piauiense voltou à melhor forma a partir de novembro. Foi ao pódio dos últimos cinco torneios que disputou, incluindo o ouro conquistado no Campeonato Pan-Americano, na última sexta-feira, quando Nathalia ficou com o bronze.

Após esse resultado, a diferença entre elas no ranking olímpico se aproximou dos mil pontos - 1.872 a 899. Nathalia não tem mais como tirar essa desvantagem porque, assim como Sarah, não foi convocada para o Grand Slam de Baku (Azerbaijão) e para o Grand Prix de Almaty (Casaquistão), nos próximos dois finais de semana. Em 17.º no ranking mundial, não estará dentro do Top 16 para participar do Masters de Guadalajara (México), último evento da corrida olímpica. Ainda que seja convidada, sequer se aproximará de Sarah.

A CBJ já informou que vai usar o ranking olímpico como principal critério para a convocação para o Rio-2016, abrindo exceção apenas em casos específicos, como quando um atleta volta de lesão com ótimos resultados e fica atrás de um rival no ranking porque não teve as mesmas chances de competir. Não é o caso na corrida na categoria de Sarah.

Outras vagas

A convocação para os dois próximos torneios do Circuito Mundial de Judô elucida algumas vagas já definidas na convocação, uma vez que não há mais como o posicionamento do ranking ser alterado. Assim, estarão na Olimpíada Charles Chibana (até 66kg), Victor Penalber (até 81kg), Tiago Camilo (até 90kg), Érika Miranda (até 52kg), Rafaela Silva (até 57kg), Maria Portela (até 70kg), Mayra Aguiar (até 78kg) e Maria Suelen Altheman (até 78kg).

Em cinco categorias masculinas a briga está totalmente indefinida. No peso pesado (+100kg), Rafael Silva abriu 186 pontos sobre David Moura após vencê-lo em dois torneios seguidos. Ambos vão para o Grand Slam de Baku e têm ranking para disputar o Masters.

Na até 60kg, Eric Takabatake está meros 21 pontos à frente de Felipe Kitadai. Os dois lutam em Baku, mas só Kitadai competirá em Almaty - porque passou por lesão no ombro durante o ciclo e teve menos oportunidades de pontuar. Depois, ambos têm ranking para ir ao Masters.

É a mesma situação da categoria até 100kg. Rafael Buzacarini está 39 pontos atrás de Luciano Corrêa, único brasileiro que ficou fora do pódio no Pan-Americano. Buzacarini vai aos dois torneios, enquanto Luciano luta só em Baku.

Alex Pombo tem 215 pontos de vantagem sobre Marcelo Contini na até 73kg, mas só Contini volta a lutar, precisando chegar à final em Baku. Ele e Buzacarini receberam essa chance extra porque não foram convocados para o Pan.

A situação é a mesma de Eduardo Bettoni, que não tem mais possibilidades matemáticas de alcançar Tiago Camilo na até 90kg, ainda que fature o título do Grand Prix de Almaty.

No feminino a corrida só está aberta na categoria até 63kg. Mariana Silva está na frente, com 944, depois de vencer o Pan. Mas Ketleyn Quadros, com 371, luta tanto em Baku quanto em Almaty e, brigando por 800 pontos, ainda tem condições matemáticas de chegar na rival.

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