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Marcação de uma penalidade máxima a favor do Foz deu início a todo o imbróglio na Divisão de Acesso | Cristian Rizzi / Gazeta do Povo
Marcação de uma penalidade máxima a favor do Foz deu início a todo o imbróglio na Divisão de Acesso| Foto: Cristian Rizzi / Gazeta do Povo

O Pleno do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) negou nesta quinta-feira o pedido de impugnação feito pelo Operário Ferroviário da partida contra o Foz do Iguaçu, realizada no dia 29 de junho pela última rodada da Divisão de Acesso do Campeonato Paranaense. Por cinco votos a dois, os auditores do tribunal não reconheceram qualquer erro de direito do árbitro Edivaldo Elias da Silva e a questão agora volta a ser discutida no Tribunal de Justiça Desportiva do Paraná (TJD-PR).

A defesa do time de Ponta Grossa, sustentada pelo advogado Domingos Moro, alegava que o juiz teria encerrado o jogo antes do fim de forma equivocada (por abandono do Operário, como foi relatado na súmula), não levando em conta a confusão que se instalou no estádio após um pênalti do zagueiro Nelsinho, do Operário, em cima do atacante Kanú, do Foz, aos 40 minutos do 2.º tempo. Além deste "equívoco", o árbitro não teria esperado a totalidade dos 10 minutos previstos em regulamento, antes de poder encerrar a partida.

Apesar desta versão apresentada pelo Operário, que se aceita resultaria em impugnação do confronto, o STJD foi solidário à decisão do TJD-PR, a qual não viu irregularidade na atitude de Edivaldo Elias da Silva. "Vi com tranqüilidade o resultado. Acho que o tribunal agiu com correção, apesar do resultado não ser o que desejávamos, mas agora a súmula será julgada no TJD-PR e vamos esgotar todas as instâncias pelo melhor do Operário", afirmou Moro, por telefone, à Gazeta do Povo Online.

O defensor da equipe de Ponta Grossa sabe que terá dificuldades em reverter a provável punição do Operário, porém assegura que vai tentar até o fim comprovar que a atitude dos jogadores do time foram motivadas pela confusão que se criou no fim do jogo. "Queremos o melhor resultado possível, que necessariamente pode não ser o desejável. Independente dos resultados no TJD-PR, é o Pleno do STJD que deve definir a questão, e esperamos mostrar o motivo da saída dos jogadores do gramado", explicou Domingos Moro.

Até mesmo as imagens de toda a polêmica – que pesariam contra o Operário – serão utilizadas pela defesa do clube. "As imagens mostram muitas coisas, não só a saída dos jogadores. Elas mostram também o arremesso de objetos no gramado, mostram a invasão de campo, enfim, mostram muitas coisas. Às vezes, você aparentemente comete um delito, porém é preciso ver as condições que levaram a este possível delito", conclui Moro.

Defesa do Foz do Iguaçu mostra confiança na punição do Operário

O advogado do Foz do Iguaçu, Luiz Antônio Teixeira, viu com naturalidade o resultado no julgamento no STJD. O representante da equipe do Oeste do estado crê em uma nova derrota do Operário quando a súmula do jogo for julgada pelo TJD-PR, e não teme punições ao Foz do Iguaçu pela confusão causada dentro do estádio do Foz.

"Apesar de dois votos contrários, o resultado foi dentro do esperado. A questão do abandono de campo do Operário será vista não só pelo relato na súmula do árbitro, mas também nos DVDs que estão reunidos nos autos. Temos também um áudio em que o técnico do Operário ordena a saída dos jogadores, então está clara a necessidade de encerramento da partida pela atitude deles", explicou Teixeira à Gazeta do Povo Online.

Para Luiz Antônio Teixeira, qualquer alteração no quadro atual, que pende contra o Operário, seria totalmente contraditória e improvável. "Não acredito em outra decisão que não seja condenatória ao Operário. Acho que o caso agora vai tramitar rapidamente no Paraná e em até duas semanas deve ser analisado pelo Pleno do STJD. Em meados de outubro deveremos ter um parecer final", comentou, já se adiantando a possibilidade de recursos, independente do lado vencedor ao final do primeiro julgamento da súmula, ainda sem data marcada.

O advogado do Foz do Iguaçu também acredita que conseguirá a absolvição do clube com relação aos objetos atirados no gramado durante a confusão. "Não existe relato sobre invasão, mas quanto aos objetos nós buscaremos a absolvição. Mesmo que acabemos punidos, a pena prevista é a perda de mando de um a dois jogos, e isto não muda o fato do Operário ter abandonado o gramado, ocasionando o encerramento do jogo. Estamos confiantes e atentos para que o time de Ponta Grossa seja punido", finalizou Teixeira.

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