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César Cielo com suas duas medalhas de ouro: brasileiro sabe que sua técnica passará a ser copiada pelos demais nadadores | Satiro Sodré/CBDA
César Cielo com suas duas medalhas de ouro: brasileiro sabe que sua técnica passará a ser copiada pelos demais nadadores| Foto: Satiro Sodré/CBDA

Personagem: Phelps fecha competição com 5 títulos

Roma - Michael Phelps terminou o Mundial de Roma como planejou: o ouro ao lado dos companheiros no 4 x 100 m medley. Os EUA nadaram ontem em 3min27s28 e quebraram o recorde mundial da prova.

O feito, obtido de forma tranquila, ocorreu um dia após o americano protagonizar a prova mais emo­­cionante do evento. Phelps saiu atrás de Milorad Cavic nos 100 m borboleta, passou em quarto nos primeiros 50 m e arrancou para o ouro.

Um dia antes, o sérvio disse que podia lhe comprar um traje de borracha para competirem em condições iguais. Cavic vestiu o X-Glide, de borracha. Phelps, o LZR, tido como ultrapassado. Após ganhar o ouro, o norte-americano bateu no peito e mostrou seu maiô, raivoso.

O saldo final de Phelps são cinco ouros e uma prata. Um segundo lugar doído. Ele perdeu a medalha e o recorde mundial dos 200 m livre para o alemão Paul Biedermann, que também estava vestindo o X-Glide.

Folhapress

  • Veja a mente e corpo de campeão de César Cielo

Roma - Na última prova do Mundial em que fez história, César Cielo deixou a piscina insatisfeito. A equipe brasileira foi bem, melhorou em quase cinco segundos seu tempo, Cielo fez a segunda melhor parcial de crawl da história. Mas o quarto lugar no revezamento 4 x 100 m medley do­­eu. Para quem se acostumou ao to­­po, ver o número quatro ao lado do no­­me não é animador. Sinal de um novo Cielo.

O nadador que deixou Pequim campeão e louco por férias, hoje já planeja voltar a treinar. Não se acomodou.

"Acho que minha fase festeira passou. Não estou desesperado para ficar de férias e sair com amigos", disse o nadador. "A carreira passa tão rápido... Quero seguir os grandes no­­mes da natação e deixar meu nome lá também", completou.

Cielo aposta nas artimanhas de Brett Hawke, seu técnico em Auburn (EUA), para tentar atingir suas novas metas.

O australiano teve quatro nadadores no pódio em Roma. Além de Cielo, Fred Bousquest foi medalhista nos 50 m e nos 100 m (prata e bronze); Matt Targett foi prata nos 50 m borboleta e bronze no 4 x 100 m medley; e Mark Gangloff ficou em terceiro nos 50 m peito.

O brasileiro vai continuar a se di­­vidir entre EUA e Brasil para fazer sua preparação. "Acho que logo voltarei (aos treinos). Vai ficar cada vez mais difícil. Do mesmo jeito que eu copiava todo mundo, farão isso co­­migo. Terei de encontrar um jeito de ficar mais forte e melhorar minha técnica", disse.

"Brett sabe o que fazer, estou até com medo", brincou o brasileiro, que acredita que o fato de não ter quebrado o recorde dos 50 m livre foi positivo. Tem mais uma meta clara a atingir.

Ontem, o objetivo era colocar de novo uma equipe no pódio. O 4 x 100 m livre foi bronze em Roma-94, última medalha coletiva do país em Mundiais.

Cielo "botou pressão" nos compa­­nheiros antes da prova. Mas o time não conseguiu acompanhar o ritmo forte. Guilherme Guido (costas) en­­tregou a prova em sétimo para Hen­­rique Barbosa (peito), que recuperou duas posições, mantidas por Gabriel Mangabeira (borboleta). Cielo caiu na água com cerca de 1s5 de desvantagem para a Austrália, que levou o bronze. Estava a dois corpos dos EUA, campeões.

O brasileiro nadou a segunda parcial de crawl mais rápida da história (46s22), mas não alcançou os rivais. O "recorde" é 46s06, de Jason Lezak, no ouro dos EUA em Pequim. O Bra­­sil marcou 3min29s16. Os EUA quebraram a melhor marca do mundo, com 3min27s28.

"Fiquei frustrado. Achei que da­­ria. Na volta, foi praticamente águas abertas. Eu ia respirar e vinha onda na minha cara."

Antes de retomar os treinos, Cielo vai descansar. Viaja nesta semana pela Itália. O passeio inclui visita ao patrocinador e encontro com um Cielo, que ele não sabe se é mesmo parente.

"Eu só tenho 22 anos, mas meu joelho está machucado, o ombro, doendo. O Brasil é onde me acerto de novo", disse ele.

"Logo recomeço e não paro mais. Serão mais seis meses longe de todo mundo, em busca de uma performance melhor."

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