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Com a medalha de ouro no peito, os jogadores cantam o hino em BarcelonaMedalha de ouro nos Jogos Pan-Americanos do Rio, vitória nas últimas Olimpíadas, primeiro lugar em oito Ligas Mundiais. A história vitoriosa do vôlei masculino no Brasil comemora nesta quinta-feira 15 anos.

Foi num domingo, 9 de agosto de 1992, em Barcelona, que a equipe liderada pelo técnico José Roberto Guimarães, se tornou a primeira a conquistar o ouro olímpico num esporte coletivo para o Brasil.

Formada por jovens jogadores, com idades entre 19 e 28 anos, a seleção de 1992 chegou a Barcelona sem grandes expectativas. Numa chave que tinha as temidas Cuba, Rússia e Holanda como adversárias (além de Coréia do Sul e Argélia), a equipe não acreditava em voltar com uma medalha no peito.

- Estava no aeroporto com o preparador físico e ele comentou 'quarto lugar para a gente é ouro' -, lembra Tande, que só começou a acreditar no ouro a três pontos do fim da partida final, contra a Holanda, vencida por 3 sets a 0 pelos brasileiros.

Uma década e meia depois de terem entrado para a história do esporte nacional, os campeões demonstram que ainda estão em sintonia. Quando questionados sobre o time mais temido naquela competição, respondem quase em unanimidade: Estados Unidos, na semifinal.

- Era uma equipe vitoriosa, que tinha vencido as duas últimas Olimpíadas e nós ainda perdemos o primeiro set. Foi muito marcante - recorda-se o levantador Maurício, que dá à partida a mesma importância que dá ao último ponto dos Jogos e ao pódio.

Título consolida esporte no Brasil

A medalha de ouro foi determinante ainda, na consolidação do vôlei no Brasil, que atraiu a atenção de uma legião de jovens torcedores que acabaram se tornando jogadores.

- Joguei com todos da atual seleção do Bernardinho e eles diziam que me acompanhavam nas competições - conta Marcelo Negrão, o caçula de 1992, que deixou as quadras em 2002.

Além, de novos jogadores, aquele time campeão atraiu a atenção também dos investidores.

- Os patrocínios aumentaram, a gente ajudou na estrutura do esporte - constata o capitão Carlão, que ainda se assusta com o reconhecimento nas ruas.

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