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Dirigentes, árbitros e jogadores se prestam a todo tipo de papel nestes tempos estranhos que vivemos – e anda pegando em cheio o futebol, a maior paixão popular do planeta.

Na jogada do segundo gol do Atlético, sábado, Paulo Baier estava em posição de impedimento e nem por isso o Guaratinguetá ameaçou pedir a anulação da partida. Talvez porque tenha sido um erro corriqueiro da pobre arbitragem nacional, pois nunca se viu tantas trapalhadas de apitadores e bandeirinhas em tão curto espaço de tempo.

Discordo das afirmações de que os equívocos passados eram iguais. Não eram nem semelhantes, já que a maioria se encontrava em outro nível de preparo e responsabilidade. Até há alguns anos podíamos enumerar dezenas de bons árbitros nos grandes centros e, mesmo aqui, no eternamente emergente futebol paranaense, dispúnhamos de gente que não fazia feio.

Com a decadência técnica de Evandro Rogério Roman – com péssimas atuações no Paranaense-2011 –, a irregularidade de Héber Roberto Lopes e sem nenhuma revelação à vista, o padrão da arbitragem local reduziu-se a zero.

Mas o drama alcança outros países, afinal, a torcida do Chelsea não se cansa de lamentar o gol irregular marcado por Chicharito, que voltava de impedimento, na vitória do Manchester United pelo Campeonato Inglês.

Se o inglês Mark Clattenburg tem ouvido poucas e boas pela confusa arbitragem que realizou no domingo, imaginem a coloração das orelhas do alagoano Francisco Nascimento que, mesmo acertando na anulação do gol irregular de Barcos, acabou provocando na forma da decisão veementes protestos por parte do Palmeiras. Ou seja, nem o juiz do jogo, nem o fiscal ao lado da meta, nem o auxiliar de linha e muito menos o quarto árbitro viram Barcos meter a mão na bola. Foi preciso alguém avisar o senhor Gerson Baluta, delegado da partida representando a CBF, para que o recado chegasse aos ouvidos de Sua Senhoria.

O paranaense Baluta, que integrou o quadro da FPF, mesmo fora dos padrões recomendados pela "International Board" – o órgão regulador das regras mundo afora –, evitou o completo desastre representado pela confirmação do gol de mão de Barcos.

Agora, no limite de perder a dignidade que ainda lhe resta, a diretoria do Palmeiras estaria propensa a solicitar ao STJD a anulação do jogo em que o Internacional venceu e empurrou o time paulista um pouco mais perto da Segundona.

Tudo porque a Fifa teima em não autorizar os recursos eletrônicos para que sejam dirimidas todas as dúvidas. Trata-se de tremendo contrassenso, pois enquanto todo mundo tem à disposição vasta coleção de imagens com inúmeras repetições dos lances polêmicos, dentro do campo o árbitro está submetido à própria sorte.

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