Finalização. Calibrar a pontaria é um dos grandes desafios do Paraná Clube na luta para deixar a zona de rebaixamento do Brasileirão, onde se encontra desde a segunda rodada da competição. A modesta campanha do time na volta à Série A, com apenas 13 pontos em 15 rodadas, passa pela clara fragilidade ofensiva do time de Rogério Micale.
Ao todo, a equipe balançou a rede apenas oito vezes – média que se aproxima de um gol a cada dois jogos. Somente uma vez, contra o Fluminense, na nona jornada, o Tricolor superou o goleiro adversário mais de uma vez durante os 90 minutos. Ganhou por 2 a 1. Por outro lado, passou em branco em oito oportunidades.
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E a seca de gols paranista não é exatamente reflexo da falta de oportunidades. O time arrisca muito, desde o primeiro jogo, mas com baixa precisão. Segundo os dados do site Footstats, o Tricolor é o segundo time que mais finaliza errado no Brasileirão: 122,
Só fica trás do Cruzeiro, com 125. No alvo, foram 60 bolas, bem abaixo das 99 finalizações corretas do líder do quesito, o Atlético-MG.
No duelo desta quarta-feira (25), por exemplo, o Paraná foi muito mais presente no ataque do que o Galo oportunista. Chutou 20 vezes contra o goleiro Victor, o nome do confronto, contra apenas 6 arremates dos donos da casa. Prevaleceu no placar a eficiência mineira, que fez 2 a 0.
O próprio Micale reconheceu essa diferença nas oportunidades das equipes nos 90 minutos. “Saiu o gol [do Atlético-MG] e tivemos que mudar a atitude no segundo tempo. Saímos e tivemos o domínio da partida. Tivemos 21 finalizações, contra seis do galo. Só que eles foram lá e fizeram, méritos para eles pela qualidade. Saio daqui sabendo que poderíamos ter um melhor resultado”, desabafou o treinador após o revés.
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Com a chegada de Nadson e Rodolfo, que atuaram apenas nas duas apresentações mais recentes do time, o Tricolor ganhou em agressividade e em qualidade na criação das jogadas. Por enquanto, em vão. A contribuição da dupla colocou ainda mais em evidência a falta de um artilheiro capaz de transformar a produtividade em números no placar.
O principal goleador do elenco é Silvinho, com 3 gols. Apesar de ser um jogador de lado de campo, é quem mais vem tentando estufar a rede. Para isso, já chutou 33 vezes a gol – acertou 13 no alvo. A falta de uma referência na área a quem municiar, explica, em parte, a grande quantidade de arremates.
Carlos, que não pôde atuar contra o Galo por força de contrato, já que está emprestado ao time da Vila pelo Alvinegro mineiro, é a principal aposta do treinador para a função de centroavante. Thiago Santos é o outro candidato. Ainda não emplacaram.
Para solucionar esse quebra-cabeças e ter sucesso na temporada, Micale terá de encontrar uma peça que se encaixe nessa lacuna. Caso contrário, a promessa é de muito drama na vida tricolor.
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