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Leilão do Boqueirão teve a presença de Naor Malaquias (pernas cruzadas), empresário que levou jogo com o Galo para o Couto. | Pedro Serapio/Gazeta do Povo
Leilão do Boqueirão teve a presença de Naor Malaquias (pernas cruzadas), empresário que levou jogo com o Galo para o Couto.| Foto: Pedro Serapio/Gazeta do Povo

Imagem aérea da sede social do Boqueirão.

O novo fracasso do leilão da sub-sede do Boqueirão, na manhã desta quinta-feira (1), atinge diretamente o futuro financeiro do Paraná na Série B e pode representar novas vendas de partidas do clube, em modelo de negócio semelhante ao estabelecido no jogo de ida das oitavas de final da Copa do Brasil, contra o Atlético-MG.

Nesta quinta (1), o Tricolor não recebeu nenhum lance pelo imóvel, que foi a leilão em decorrência de ações trabalhistas movidas por ex-funcionários. O valor inicial de arremate foi de R$ 18,1 milhões para uma área total de 22 mil metros quadrados (com lanchonete, piscina, salão de festas, vestiários, quiosques, campo de futebol). Esta foi a terceira vez que a subsede foi leiloada apenas neste ano, todas sem sucesso [leia abaixo]. Um novo leilão está marcado para 29 de junho.

Diante do cenário de dificuldades financeiras, o empresário cascavelense Naor Malaquias, responsável pela compra da partida contra o Galo, que aconteceu no Couto Pereira, já revela interesse em negociar a compra do próximo compromisso do Tricolor em casa na Série B, dia 10 de junho, contra o Guarani – ainda não se sabe se o duelo aconteceria na própria Vila ou novamente iria para o Couto.  

O Paraná, por sua vez, está disposto a negociar. O clube contava com o dinheiro do leilão para desbloquear quase R$ 10 milhões junto à Confederação Brasileira de Futebol (CBF) — valores relativos às premiações da Copa do Brasil e cotas de tevê da Série B. Sem esta grana, o Tricolor volta a correr contra o tempo para angariar fundos e manter as contas em dia.

Relembre

Esta foi a terceira vez que a sede do Boqueirão foi a leilão em 2017. Na primeira oportunidade, em 30 de março, uma empresa de São Paulo arrematou o imóvel por R$ 9,1 milhões, metade do valor inicial. Como o lance foi condicionado, entretanto, os investidores conseguiram desistir da negociação em seguida, após visitarem o local adquirido.

Na segunda tentativa, em 6 de abril, a empresa Ônix Empreendimentos venceu com a proposta de R$ 9,25 milhões. Entretanto, os primeiros cheques de pagamentos estavam sem fundo, o que causou o cancelamento do leilão da Justiça — o departamento jurídico do Paraná já se articula para tomar providências em relação a esta situação, podendo denunciar o comprador ao Ministério Público e à Polícia Federal.

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