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A demissão do técnico Lisca, na manhã de sábado (2), pegou de surpresa a torcida do Paraná . Horas depois da saída do treinador, várias teorias se espalharam rapidamente entre torcedores nas redes sociais e em grupos de WhatsApp. Mas foram vários fatores que culminaram no desligamento de Lisca, que teve como capítulo final a agressão ao auxiliar técnico Matheus Costa.

Segundo apurou a Gazeta do Povo, o ‘dia de fúria’ de Lisca, como definiu o diretor de futebol, Rodrigo Pastana, começou antes do embarque para Belo Horizonte, na manhã de sexta-feira (1), em Curitiba.

Facebook

O técnico não gostou de um vídeo publicado na página oficial do clube no Facebook mostrando o vestiário dos jogadores depois da classificação contra o Flamengo na Primeira Liga – o que é comum e realizado com frequência na rede social paranista.

Viagem desgastante

As reclamações com o departamento de comunicação se estenderam para a logística de viagens gerenciadas por Rodrigo Pastana, que não acompanhava a delegação. Quem estava com a equipe em Belo Horizonte era o presidente Leonardo Oliveira.

Após o duelo contra o Flamengo em Cariacica (ES), a delegação retornou a Curitiba desgastada na noite de quinta-feira (31) e seguiu para Belo Horizonte já na manhã de sexta-feira (1). O clube se programou para retornar à Curitiba novamente, depois do duelo contra o Atlético-MG. O excesso de viagens incomodou Lisca, já que o Paraná enfrenta o Goiás, na quarta-feira (6), no Serra Dourada. A delegação embarca nesta segunda-feira (4) para Goiânia.

O fatídico treino na piscina

Outra questão que causou divergências foi na utilização de titulares ou reservas na semifinal da Primeira Liga. Na coletiva pré-jogo, Lisca havia dito que existia a possibilidade de poupar alguns titulares. O que não acabou acontecendo na derrota por 1 a 0, já sem o treinador no comando.

Mas o estopim aconteceu na concentração em Belo Horizonte na véspera da partida no Independência. Irritado, o treinador se isolou da delegação e não atendia as ligações. A comissão técnica então realizou um trabalho de relaxamento com os atletas na piscina do hotel e tentou avisar o técnico, que não respondeu as chamadas.

Quando Lisca ficou sabendo da atividade, se revoltou e procurou os membros da comissão técnica. O primeiro que ele encontrou foi o auxiliar Matheus Costa. A discussão acalorada terminou na agressão de Lisca ao profissional, como garante o presidente Leonardo Oliveira.

Ingerência no time

Lisca nega agressão física e acusa o auxiliar de traição. Em nota, o técnico ainda dispara contra a diretoria afirmando existir ingerência na escalação de jogadores. “Infelizmente, nos últimos dias à frente da equipe, meu trabalho vinha sofrendo algumas ingerências como sugestões para escalação e/ou mudança em programação de treinos e trabalhos, sem nem mesmo ser questionado. O que eu, como treinador da equipe considero inaceitável”, diz o trecho nota.

Porém, procurado pela Gazeta do Povo, o técnico não quis passar nomes de atletas e nem detalhes sobre essa interferência no time.

Matheus e teorias

Matheus Costa será o técnico interino do Tricolor contra o Goiás, partida que será realizado com portões fechados por conta da briga entre torcedores no clássico diante do Vila Nova, na 10ª rodada da Série B. O auxiliar prefere não comentar sobre a demissão de Lisca.

“Estão saindo várias teorias. Mas eu não quero comentar, peço desculpas. Eu sei que tem muita gente querendo respostas. Mas a direção já se pronunciou e está tomando as providências. O nosso foco é contra o Goiás e eu vou comandar de forma interina. Meu pensamento está voltado exclusivamente para essa partida”, afirma Costa, sem entrar em detalhes.

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