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| Foto: Jonathan Campos/Gazeta do Povo

Adversário tricolor no clássico entre Paraná e Atlético, no próximo domingo (27), às 11 horas, na Vila Capanema, o técnico Fernando Diniz já esteve do outro lado da rivalidade, com as cores paranistas.

Diniz foi contratado pelo Paraná em 8 de julho de 2015 para substituir Nedo Xavier no comando do time durante a Série B daquele ano.

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Após 82 dias intensos, acabou demitido e acusou ter sido traído pela diretoria da época, já então formada pelo grupo Paranistas do Bem, de Leonardo Oliveira e Carlos Werner, mas que tinha Luiz Carlos Casagrande, o Casinha, como presidente temporário.

Relembre sete episódios da turbulenta passagem de Diniz pela Vila.

Fiel escudeiro

Aniele Nascimento/Gazeta do Povo

Diniz chegou ao Paraná com total confiança da diretoria. Após duas semanas de clube, indicou a contratação do goleiro-linha Felipe Alves, que acompanha o técnico em praticamente todos os clubes (está agora no Atlético). Felipe defendeu o Tricolor em apenas dez partidas antes de retornar ao Audax. Em 2018, o goleiro ganhou uma ação trabalhista no valor de R$ 130 mil contra o Paraná por salários atrasados.

Novas posições

Albari Rosa/gazeta do povo

Rapidamente, Diniz obteve sucesso em impor seu conhecido estilo de jogo no Paraná. Para isso, uma série de jogadores do elenco teve de “reaprender” a jogar em outras posições: o lateral-esquerdo Fernandes [foto] virou volante, assim como o meia Rafael Costa. Já os zagueiros Luciano Castán e Luiz Felipe atuavam como laterais quando o time tinha a posse. Situação similar acontece agora com o treinador no Furacão.

Cobranças

Albari Rosa/Gazeta do Povo

A conduta de Diniz em treinamentos e jogos impressionou alguns membros da diretoria do Paraná e, ao fim da relação entre as partes, acabou sendo um dos fatores que pesou para a demissão do técnico. “Minha forma de cobrar impacta no início, mas é sempre a favor do jogador. Quando saio e monto times, muitos querem vir comigo, pois sabem que a cobrança é para benefício deles”, argumentou Diniz na época.

Relação com jogadores

Jonathan Campos/Gazeta do Povo

Enérgico, Diniz teve atritos com alguns jogadores na Vila. O primeiro foi o meia Marcos Paraná, com quem teve um bate-boca logo na estreia. O jogador foi dispensado em seguida. O técnico teve também discussões ásperas com o volante Jean e com o lateral-esquerdo Rafael Carioca [foto]. “Às vezes, por trás de um xingamento, tem uma dose de afeto e respeito, que é o que o jogador precisa”, declarou na época Diniz.

Ceticismo

Jonathan Campos/Gazeta do Povo

A conduta de Diniz em 2015 passou a incomodar cada vez mais certos atletas. Certa altura, os insatisfeitos procuraram um dos líderes do elenco para desabafar e servir de mensageiro a Diniz. Contrariado, o técnico reuniu o time e perguntou abertamente quem tinha queixas. Diante do silêncio dos atletas, o treinador chamou o líder do elenco e disse: “falei que não havia insatisfeitos, não falei?”. Após sua demissão, o técnico emendou: “falar que o grupo estava rachado é mentiroso. Um ou outro descontente tem em qualquer time”.

Apoio público na eleição

Ivonaldo Alexandre/Gazeta do Povo

Enquanto o Paraná vivia processo eleitoral, Fernando Diniz declarou abertamente que apenas permaneceria no clube caso vencesse a chapa dos Paranistas do Bem, liderada por Leonardo Oliveira e Carlos Werner. A dupla venceu a eleição dia 23 de setembro. Quatro dias depois, Diniz foi demitido. “Joguei aberto, de coração, gosto de guardar posição. Mas, pelo que aconteceu, hoje penso que havia um racha entre a diretoria e mim”, desabafou.

Traição e coletiva no hotel

Ivonaldo Alexandre/Gazeta do Povo

Um dia após ser demitido, Diniz convocou entrevista coletiva no hotel em que vivia na região central. Disse ter sido traído pela cúpula do Tricolor. “Não foi em comum acordo. Fu demitido. Jamais esperava. A decepção é com a diretoria como um todo. Estou profundamente magoado”, desabafou aos presentes. Já na época, havia rumores de um interesse do Atlético. “Sei que pessoas do Atlético gostam de mim, mas hoje não tem nada”, disse.

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