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Manifestantes deitaram de mãos dadas no calçadão por cerca de meia hora | LUISA DE PAOLA/ AFP PHOTO
Manifestantes deitaram de mãos dadas no calçadão por cerca de meia hora| Foto: LUISA DE PAOLA/ AFP PHOTO

Santa Cruz de la Sierra – A primeira escala do Paraná em território boliviano em nada se parece com o terror que se anuncia para a partida de amanhã contra o Real Potosí, a 4.070 metros de altitude, com apenas 60% do oxigênio encontrado ao nível do mar e muito frio.

Ao desembarcar em Santa Cruz de la Sierra às 19h15 de ontem (18h15 pelo horário de Brasília), o time encontrou uma agradável temperatura próxima dos 30 graus e o mesmo ar que está acostumado a respirar. A cidade, situada 473 metros acima do nível do mar, é até mais baixa do que a capital paranaense (934).

É neste clima que o Tricolor fará hoje pela manhã o último treino antes de subir a montanha para o jogo de amanhã em Potosí. "Poderia ser assim lá também né...", brincou o volante Goiano, que será improvisado na lateral-direita, na chegada ao hotel. Aliás, com a janela dos quartos de frente para uma convidativa piscina em forma de rio, o local escolhido para a hospedagem paranista também em nada indica que o próximo programa será enfrentar os Andes bolivianos.

Situação que mantém os jogadores um pouco distantes das dificuldades previstas para amanhã. Como à exceção do goleiro Flávio – que atuou pelo Atlético em La Paz (3.700 metros) na Libertadores de 2002 –, nenhum outro da equipe já jogou com um nível de oxigênio baixo assim, por enquanto o assunto é tratado com curiosidade e até virou alvo de algumas brincadeiras durante a viagem.

Para não dizer que a experiência será totalmente nova, basta lembrar que em sua estréia na Libertadores, ainda na fase preliminar, o Tricolor enfrentou o Cobreloa em Calama, no Chile, a 2.300 metros. Uma altitude que já dificulta a respiração, mas nem se compara à de Potosí.

Coincidentemente, na falta do centroavante Josiel, vetado pelo departamento médico, o técnico Zetti – esse sim veterano de jogos nas alturas, com o São Paulo pela Libertadores e também pela seleção brasileira – vai repetir o esquema tático usado na vitória por 2 a 0 sobre os chilenos: três zagueiros, dois volantes, dois alas, um meia e dois atacantes de velocidade. Como naquele jogo, as três funções ofensivas ficarão com Gerson, Dinélson e Henrique.

A segunda etapa da viagem começa hoje à tarde. A delegação embarca às 16 horas em vôo fretado rumo a Sucre, onde o panorama começa a mudar e é possível que o soroche (como os nativos chamam o mal das alturas) faça as primeiras vítimas. Para minimizar os efeitos em Potosí, o time só sobe o restante do morro, de ônibus, algumas horas antes da partida de amanhã.

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