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A diretoria do Paraná divulga hoje a lista de dispensas. Paulo Comelli espera receber reforços ao longo da semana | Valterci Santos/Gazeta do Povo
A diretoria do Paraná divulga hoje a lista de dispensas. Paulo Comelli espera receber reforços ao longo da semana| Foto: Valterci Santos/Gazeta do Povo

Problemas na administração, falta de dinheiro, acúmulo de dívidas e erros no planejamento. Esses são alguns fatores determinantes para que equipes como Guarani, Paysandu e Santa Cruz caíssem (com um ano de escala na Segundona) da Série A à Terceira Divisão. Um medo que parece atormentar a torcida paranista.

No Bugre campineiro, campeão nacional de 1978, as más administrações fizeram com que o clube sofresse cinco rebaixamentos em seis anos. Em 2004 ocorreu a primeira queda e, em 2006, o Bugre foi para a Série C, caindo também para o grupo de acesso do Campeonato Paulista.

Um dos fatores para esta decadência foi o acordo com a italiana Turbo System SLR, nos moldes da relação Corinthians/MSI. A parceria prometia saldar as dívidas do clube, mas acabou depois de 10 meses, sem sucesso. Apesar de estar apenas há três meses no Guarani, o diretor João Roberto de Souza avalia que a queda para a Terceirona "ocorreu só porque a equipe perdeu cinco pontos no tapetão".

Subindo mais no mapa, chega-se ao Santa Cruz, rebaixado para a Série B em 2006 e para a Série C em 2007. Novamente a má administração do futebol, a troca constante de técnicos e uma parceria mal feita (com a empresa RT Pro Sports, do ex-jogador Ricardo Rocha) acabaram resultando nos rebaixamentos sucessivos.

O presidente do Tricolor do Recife, Edson Nogueira, citou como principal problema a falta de recursos financeiros. "Não existe planejamento sem dinheiro", afirmou. O dirigente ainda citou um ícone nordestino para explicar a sua posição. "O (cantor) Falcão disse que o dinheiro não é tudo, mas é 100%. Mas no futebol dinheiro é tudo", garantiu o cartola.

Segundo Nogueira, faltaram recursos pela falta de planejamento. "Não têm atletas da base para vender, não tem centro de treinamento para fazer esses atletas", reclamou. O presidente do Santa Cruz é acusado por opositores de ser totalitário e responsável pela queda da equipe coral.

A trajetória que mais se parece com a história vivida pelo Paraná é a do Paysandu. Isto porque o maior campeão do Pará também já disputou uma Taça Libertadores da América, em 2003. Na ocasião, o time chegou a vencer o poderoso Boca Juniors, na La Bambonera, pelas oitavas-de-final.

Mas a falta de um departamento de futebol e o acúmulo de dívidas, há dois anos. Atualmente, de toda a receita gerada com a venda de jogadores, patrocinador e renda dos jogos, 50% são bloqueados pelo Ministério do Trabalho.

Após reuniões sábado e domingo, a diretoria paranista deve divulgar hoje uma lista de dispensas.

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