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 | Carsten Horst / MF2
| Foto: Carsten Horst / MF2

Fã de música e vidrado em internet, a rotina do paranaense Jonathan Louis, 15 anos, tinha tudo para ser parecida com a de muitos adolescentes de sua idade não fossem algumas "pequenas" diferenças. A maior delas poderá ser vista neste domingo (26), em Pinhais. John, como é conhecido, vai acelerar seu Fómula Future a mais de 200 km/h no fim da reta do Autódromo Internacional de Curitiba (AIC), na quarta etapa do Racing Festival.

Apesar da pouca idade, o curitibano já tem agenda lotada. Como também compete no kart, modalidade na qual coleciona títulos desde 2002, precisou aprender a conciliar seu tempo. A três etapas do fim da Copa SP de kart, onde corre neste sábado (25), decidiu não participar dos treinos classificatórios da Future. Vai largar em último na prova de sua terra natal.

"Infelizmente não vou fazer a tomada de tempo. Estou disputando a final com apenas nove pontos atrás do líder. Vai ser um fim de semana diferente, com duas competições. Mas acho que compensa o esforço, pois vou fazer o que gosto", disse o garoto, por telefone, à Gazeta do Povo.

Mais jovem entre os pilotos da Future, uma espécie de categoria-escola para novos pilotos, John vê a primeira temporada guiando um monoposto como um ano de aprendizado. Mesmo competindo contra pilotos que são, em média, três anos mais velhos, ele ocupa o sexto lugar entre os 11 competidores.

"Ganhar logo de cara, era pedir demais para um ano de estreia. Estou aqui para aprender, adquirir experiência. Não sei nem se seria o caso de ir para a Europa já, se eu vencesse o campeonato", explicou, citando o prêmio para o campeão, que irá participar da academia de pilotos da Ferrari e disputar uma temporada na Fórmula Abarth, na Itália. "Como o Felipe (Massa, padrinho da categoria) nos disse: a hora de errar e aprender é agora, no Brasil. Temos quer chegar preparados lá fora", completou.

Porém, a vida precoce de piloto também tem seus percalços. Oficialmente, ele mora e estuda na capital paranaense. No entanto, passa a maior parte do tempo viajando entre as competições. E nesse intervalo bate a saudade, mais um obstáculo na vida de quem quer ser vitorioso.

"Tento ser o mais responsável, o mais maduro possível, levar uma vida bem focada. Sei que com 15 anos ainda sou novíssimo. Tento levar a saudade dos amigos, da família e da namorada, como algo positivo", explica John, que toca violão, compõe, canta e não dispensa o tocador de mp3. "A escola me apóia muito também. Faz tempo que não vou para a aula, mas faço muitos trabalhos, recebo as matérias por e-mail e tento compensar as horas perdidas assim".

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