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O técnico brasileiro Carlos Alberto Parreira anunciou hoje que, se sua contratação para comandar a seleção sul-africana de futebol gerar problemas, está disposto a fazer as malas.

- Não estou aqui pelo dinheiro - afirma Parreira ao se apresentar à imprensa sul-africana, quatro dias após chegar ao país para uma primeira visita antes de assumir de vez a equipe, no início do ano que vem.

Parreira, à frente do Brasil na fracassada campanha no Mundial da Alemanha, foi contratado em 16 de agosto para um período de 46 meses. Ele será o 14º treinador a comandar a África do Sul desde 1992, após o "apartheid", quando o país começou a participar de competições internacionais.

A missão do treinador é preparar uma equipe que não consegue bons resultados internacionais há anos para o Mundial de 2010, para que não faça feio na condição de anfitrião. A polêmica surgiu quando foi anunciado o salário de Parreira - quantia maior do que o presidente do país, Thabo Mbeki, recebe anualmente.

- Se isso é um problema, estou pronto para ir embora agora mesmo - diz Parreira aos jornalistas quando perguntado em sua primeira entrevista coletiva, num hotel da cidade de Johanesburgo.

O treinador confirmou que, apesar de começar a comandar a equipe apenas no dia 1º de janeiro, fará um acompanhamento da seleção nos partidos das eliminatórias para a próxima Copa Africana de Nações, que acontece no ano de 2008 em Gana.

- Não quero interferir no trabalho do atual treinador - destaca Parreira, em menção ao técnico interino Pitso Mosimane.

Por enquanto, o resultado foi decepcionante: na estréia das eliminatórias, os sul-africanos empataram sem gols com a República do Congo, um país com pouca presença na história do futebol africano.

Sobre sua missão, Parreira se comparou a um minerador, afirmando que precisa "polir os diamantes do futebol" deste país - primeiro produtor mundial desta pedra -, mas quer estrutura para isso.

- Se os diamantes continuarem embaixo da terra e o maquinário não estiver pronto para tirá-los de lá, não como cumprirmos o objetivo - diz Parreira, de 63 anos.

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