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Paulo Welter ainda não sabe se permanece no Paraná Clube na próxima temporada | Albari Rosa / Agência Gazeta do Povo
Paulo Welter ainda não sabe se permanece no Paraná Clube na próxima temporada| Foto: Albari Rosa / Agência Gazeta do Povo

Pegar o Paraná Clube em crise e sem rumo em seu departamento de futebol já se tornou especialidade de Paulo Welter. Nas duas ocasiões em que foi chamado para ajudar o presidente Aurival Correia, em 2008 e 2009, o dirigente ajudou decisivamente na reação do Tricolor dentro das quatro linhas, salvando o time do rebaixamento na Série B no ano passado e na reabilitação na Segundona deste ano. Todavia, Welter mostra-se desgastado e magoado.

Em entrevista à Rádio Banda B nesta quarta-feira, o diretor paranista externou a sua situação no clube e deixou claro que não está concordando com tudo o que está sendo feito e dito, tanto pela diretoria atual, quando pela que irá assumir no dia 2 de dezembro. Na sexta-feira, após o jogo final diante do Fortaleza na Vila Capanema, Paulo Welter deverá anunciar se fica ou se sai na temporada 2010. A crise desencadeada pelos salários atrasados de funcionários e jogadores foi a gota d’água.

"Sou sincero, só tive contato com a diretoria (de Aquilino Romani) que vai assumir no dia 2 apenas em um churrasco que fizemos. Fora isso não tenho participado, estou sempre no dia-a-dia do clube. Sou apenas um colaborador e na sexta definirei a minha situação. Fica a impressão que eu estou forçando alguma situação, mas não tenho interesses, só penso no clube. A situação dos salários não é de hoje, já vem de cinco rodadas. Levei até onde pude, ficamos em uma situação delicada e toda a hora surge esse assunto de diretor remunerado (em 2010). Só pergunto, fica bom isso para quem vai diariamente ao clube?", indagou.

Paulo Welter externou que se sentiu "desprezado" nos últimos dias e a promessa da nova diretoria, visando profissionalizar o departamento de futebol do Paraná nos próximos dois anos, não agradou o atual diretor, que já declarou que não estudou para exercer o cargo, o qual inclusive pediu aos atuais dirigentes do clube.

"Nunca pedi cargo, tenho outras coisas para fazer e não se pode haver desprezo. Não sou profissional da bola, porém faço as coisas com dedicação. Nunca fui pago pelo clube, eu é que me pago aqui, então quando você escuta esse papo de que é preciso ser profissional para exercer o cargo incomoda. A campanha deste ano pode não ter sido boa, admito, mas quem entrar terá de fazer melhor", afirmou Welter.

Além de tentar apaziguar os ânimos dos jogadores nas últimas semanas, o diretor de futebol tricolor também iniciou os contatos para a renovação do técnico Roberto Cavalo, mas acabou se sentindo desautorizado a partir da segunda conversa.

"Fiz o primeiro contato e o Cavalo me pediu um prazo. Eu estava autorizado pelo presidente (Aurival Correia) a analisar o pedido do treinador, mas depois daquele dia, para minha surpresa, as coisas só andaram em âmbito superior. Só o Aquilino agora pode falar sobre isso. Não quero criar problemas, porém estas são as minhas opiniões. É preciso respeito, independente de nível (hierárquico). Não preciso esconder as coisas, já que quando você não fala com transparência vai acabar pagando lá na frente", finalizou.

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