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Florianópolis – Aos 21 anos, o paranaense Jihad Khodr vive dias de glória em Santa Catarina. Com a vaga pata o World Championship Tour (WCT) do ano que vem 99% assegurada, o surfista curte o terceiro lugar na etapa do WQS (divisão de acesso) que terminou no domingo. De quebra, aproveita o convite para disputar a perna brasileira da elite do surfe mundial, que começou anteontem.

Contente pela evolução na carreira, Jihad lembra do seu principal incentivador no início de tudo: Petreson Rosa. O consagrado surfista paranaense deu a primeira prancha ao então menino de 7 anos. "No surfe ele é como um pai para mim."

Após perder a primeira bateria na Praia da Vila, em Imbituba, 91 quilômetros ao sul de Florianópolis, Jihad espera melhores ondas na Praia da Joaquina – ponto "titular" da competição, que ainda não teve mar adequado para a competição. Ali, a direita do competidor de Matinhos (litoral do Paraná) seria beneficiada na repescagem que pode ocorrer hoje.

Gazeta do Povo – Qual foi a emoção da primeira bateria no WCT?Jihad Khodr – A ficha ainda não caiu. Fiquei meio triste com o resultado no início, mas depois vi que estava junto das feras. É muito bom para eu me ambientar visando ao ano que vem. Espero que o mar da Joaquina melhore porque aqui tenho mais chances de ir bem na repescagem.

Mesmo eliminado nas semifinais do WQS você saiu feliz com o resultado?Muito feliz. Um terceiro lugar em um evento seis estrelas é muito bom. Já estou com 8.800 pontos. O pessoal tem falado em 8.600 para se garantir no WCT. Então se já não consegui, estou pelo menos com um pé dentro.

Como foi vencer três baterias nos últimos minutos?São as regras da competição que eu sei usar muito bem. O mar da Praia Mole (local do WQS) não é meu forte, muitos bancos de areia. Por isso usar essas táticas foi muito importante.

O que falta para você assegurar a presença no WCT?Talvez não falte nada. Mas vou embarcar para o Havaí em busca de mais um bom resultado. Lá é difícil competir com o pessoal da casa, mas vou com tudo.

Você já poderia estar 100% garantido?Vacilei nas etapas do meio do ano. Na Europa eu já deveria ter conseguido a vaga. Mas ficou para agora.

O que representa chegar ao WCT?É uma vida nova. São outros contatos, viaja-se bem mais pelo mundo. É tudo que eu sonhava, surfar naquelas ondas perfeitas. Se o mar estiver como estava na final do WQS e fosse WCT, certamente não ocorreria a prova. É a primeira classe do surfe mundial.

Você é de Matinhos como o Peterson Rosa. Como vai ser a reação dele?Só tenho a agradecer ao Peterson. Ele já está sabendo que estou classificado e espero que esteja muito feliz por eu ter conseguido o que sempre sonhei. Eu direi a ele:‘Obrigado por ter me dado a minha primeira prancha’. Foi ele que me botou no surfe e hoje sou profissional.

Como será competir contra ele?Competir e viajar por todos os lugares nas etapas do WCT será ótimo. Mas não só isso, quero ganhar dele também (risos). Espero que o Peterson permaneça mais uns dois anos no circuito para me ajudar com a experiência que tem.

O jornalista viaja a convite da Associação dos Surfistas Profissionais.

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