• Carregando...
O atacante Rodrigo Pimpão viveu dia de herói na Vila Capanema, um dia depois de entrar no segundo tempo contra o Vila Nova e garantir a vitória por 2 a 0 no Serra Dourada: jogador virou profissional este ano. | Hedeson Alves/Gazeta do Povo
O atacante Rodrigo Pimpão viveu dia de herói na Vila Capanema, um dia depois de entrar no segundo tempo contra o Vila Nova e garantir a vitória por 2 a 0 no Serra Dourada: jogador virou profissional este ano.| Foto: Hedeson Alves/Gazeta do Povo

Tricolores

Desfalques

O próximo jogo é apenas no dia 11, contra o Juventude, em Caxias do Sul, mas o técnico Paulo Comelli já sabe que não poderá contar com o volante Agenor e o zagueiro Fabrício, suspensos pelo terceiro cartão amarelo. A tendência é que Vágner e Leandro sejam os substitutos.

Fúria de aniversário

No última segunda-feira, a torcida Fúria Independente completou 15 anos. Para comemorar, a maior organizada paranista prepara uma grande festa para o dia 11.

Mauro entre os 10%

Além de Pimpão, Mauro foi uma peça fundamental na recente vitória paranista. Isto por ter parado o artilheiro Túlio. "O pênalti é um momento diferenciado. O atacante contra o goleiro. Em 90% das vezes o atacante tem total possibilidade de fazer. Quando o goleiro cata, é mérito dele, como se tivesse feito um gol. Foi um momento muito especial para mim", comentou.

No dia seguinte à vitória contra o Vila Nova, todas as atenções na Vila Capanema estavam concentradas no atacante Rodrigo Pimpão. Autor dos dois gols do jogo, o jovem de 20 anos admitiu que a própria façanha foi digna de reconhecimento. "O grupo ficou impressionado. Um jogador que estava no banco, que entra aos 23 (minutos do segundo tempo) e faz dois gols, é para ficar impressionado mesmo. Todo mundo veio abraçar. Felicidade e música no vestiário", contou.

Após o jogo, restaram as brincadeiras dos amigos e os telefonemas dos familiares. "O Daniel Marques mesmo sempre fala: seu juvenil, seu juvenil. A gente tem que estar preparado. Tem que dar risada e chamar eles de veterano, de vovô, que vai nesse clima de alegria", riu o atleta, que ainda contou como foi ser o centro das atenções. "Um jogo que ficará marcado na minha história. Quando peguei o celular, tinha umas dez mensagens, a família ligando. As primeiras pessoas com quem eu falei foram meu pai, minha mãe e meu irmão. Eles estão todo o dia me apoiando e é a eles que eu devo dedicar essa vitória."

Curitibano, Rodrigo Pimpão Viana sempre jogou futsal, inclusive nos dez anos em que morou em Canoinhas, Santa Catarina. Mas em 2004 ocorreu a volta para a capital paranaense, por um motivo raro entre os jogadores de futebol.

"Passei no curso de Odontologia na PUC, cursei dois anos e meio. Em 2006, fui chamado para jogar pelo Talia e, em 2007, fui para o futsal do Paraná."

Já na metade do ano passado, o atacante passou no teste de futebol de campo. Até que, pela decisão da comissão técnica comandada por Saulo de Freitas, todos os juniores foram promovidos ao profissional para disputar as duas primeiras partidas do Paranaense deste ano e Pimpão entrou nesta leva. "O Fernando Tonet (auxiliar do Saulo) que puxou a gente e foi aí que eu me firmei."

Só que, nesta época, para todos o jovem atuava no meio-de-campo. Pimpão explica que esse erro ocorreu pelo excesso de jogadores na posição. "Ele (Tonet) me usava como meia porque tinha bastante atacante no juniores. Sem problema, eu sei jogar também, mas prefiro como segundo atacante".

Na seqüência, sem ter sido muito aproveitado por Saulo, o jogador ganhou algumas oportunidades com Paulo Bonamigo, inclusive improvisado na lateral. Até que, com a chegada do ex-técnico Rogério Perrô, surgiu a proposta do empréstimo para o Blumenau, onde virou ídolo. "Mandar, não me mandaram. Foi uma escolha. Eu resolvi ir para pegar experiência. No primeiro jogo acabei fazendo gol, a torcida já começou a gritar meu nome. Era bom, uma empolgação a mais".

Só que a parceria com a equipe catarinense durou apenas um mês, já que não foram cumpridas as exigências básicas para que os atletas da base paranista permanecessem lá. "A situação de moradia e comida não era das melhores, principalmente na primeira semana, mas depois começou a melhorar. Não posso dizer que passei fome, porque tinha comida todo dia. Mas não foi uma boa experiência mesmo", lamentou.

Agora de volta ao Tricolor, o jogador está virando um verdadeiro coringa do técnico Paulo Comelli. Em jogos como este contra o Vila Nova, o atleta é obrigado a responder sempre que Pimpão é mesmo o sobrenome e não tem nada a ver com o ursinho. "Sempre falam disso, desde criança. Mas nunca tive problema", garantiu o jogador, muito novo para se lembrar da música cantada pelo grupo Balão Mágico nos anos 80.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]