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Cadeiras vazias marcaram a tentativa de venda do Pinheirão ontem. Apenas um interessado fez perguntas, mas sem oferecer proposta | Albari Rosa/Gazeta do Povo
Cadeiras vazias marcaram a tentativa de venda do Pinheirão ontem. Apenas um interessado fez perguntas, mas sem oferecer proposta| Foto: Albari Rosa/Gazeta do Povo

No leilão realizado ontem à tarde, com lance inicial de R$ 66 milhões, nenhum comprador se manifestou para arrematar o Pinheirão. Apesar de o martelo não ter sido batido, o estádio da Federação Paranaense de Futebol (FPF) deve ganhar um novo proprietário nos próximos dias.

"Existe a possibilidade de sair uma venda em breve. Estamos trabalhando para isso acontecer. Há dois interessados", afirma Hélio Cury, presidente da Federação. Ele não esteve presente no leilão, provocado em virtude de dívidas em tributos federais – ao todo, a FPF tem débitos estimados em R$ 60 milhões.

Até o dia 20 deste mês a decisão será tomada. Esta é a data de uma nova venda pública do imóvel. E, desta feita, não haverá lance mínimo – normalmente, a Justiça considera aceitável o pagamento de 51% do montante original, algo que, no caso do Pinheirão, seria em torno de R$ 33 milhões.

Desta forma, os dois concorrentes correm contra o tempo. O primeiro deles, e mais perto de um acerto, é um grupo de investidores, liderado pela empreiteira baiana OAS, que pretende adquirir o terreno do Tarumã e construir um estádio para o Coritiba.

Para ingressar no projeto, o Alviverde cederia o CT da Graciosa e o Couto Pereira, onde seriam erguidos empreendimentos imobiliários. Por ora, o clube refuta qualquer participação no plano.

O segundo potencial comprador planeja edificar uma arena multieventos na área, capaz de abrigar shows, feiras e competições esportivas – o futebol estaria ausente da lista.

"Nós estamos tendo diversas reuniões. Não posso citar nomes, eu trato apenas com os investidores, não sei quem está por trás", diz Cury.

Mais uma evidência de um desfecho próximo foi a tentativa da FPF de suspender o evento de ontem. Apenas uma hora antes do começo, a entidade protocolou uma petição na 1.ª Vara Federal de Execuções Fiscais de Curitiba. No requerimento, foi anexada uma carta de intenções de compra.

Porém a juíza substituta Alessandra Anginski barrou o pedido e manteve a realização do leilão. Atitude que a magistrada já havia adotado pela manhã ao analisar outra petição, protocolada ao final da tarde de quarta-feira por Marco Antonio Ribas, um nome desconhecido do processo.

Autorizado, o leilão transcorreu normalmente. E, mesmo diante da insistência do leiloeiro em classificar o Pinheirão como uma "ótima oportunidade", apenas Wilson Clementino, representante de empresários do estado, fez perguntas, sem sacramentar uma oferta. Ao término da sessão, ele declarou se tratar de uma empreitada "extremamente arriscada, com muitas questões a serem resolvidas".

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