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Torcida atleticana com o alambrado da Vila Capanema que caiu durante o clássico com o Coritiba | Albari Rosa / Gazeta do Povo
Torcida atleticana com o alambrado da Vila Capanema que caiu durante o clássico com o Coritiba| Foto: Albari Rosa / Gazeta do Povo

A Polícia Militar (PM) não quer que a Vila Capanema volte a receber jogos até que o alambrado da reta do relógio, que caiu no clássico entre Atlético e Coritiba, domingo, seja consertado. "Enquanto o alambrado não for consertado e nós vistoriarmos isso, não temos como anuir com a realização de jogos na Vila Capanema", afirmou o major Manoel Jorge dos Santos Neto, responsável pela segurança no Atletiba de domingo.

O alambrado caiu após a torcida atleticana subir nele na comemoração do segundo gol de Paulo Baier na vitória do Atlético por 2 a 1 sobre o Coxa - a grade já havia apresentado problema de menor escala na partida do Furacão contra o Vitória, dia 29 de setembro. O major da PM enfatiza que os torcedores têm que ter em mente os riscos de subir no alambrado, não só em termos de poder haver uma invasão de campo, caso a estrutura caia, mas também de ferimentos. "Um sujeito pendurado na grade que cai daquela altura pode ter desde um simples corte até um traumatismo craniano. O torcedor não pode subir ali", enfatiza.

Segundo o superintendente geral do Paraná, Celso Bittencourt, a parte danificada do alambrado é responsabilidade do Atlético, firmado no contrato de aluguel do estádio, e já está sendo concertada. "Deve estar pronto entre quinta e sexta-feira", contou o dirigente.

Quanto à recomendação da PM de que todo o alambrado fosse trocado, Bittencourt disse que isso é uma opção discutível e que a parte que foi danificada é que está sendo consertada. "Com mil pessoas penduradas nenhum alambrado resiste", justificou.

Nesta temporada, com a reforma da Arena da Baixada para a Copa do Mundo, Atlético e Paraná estão mandando seus jogos no Durival Britto. O excesso de partidas gerou, além do problema do alambrado, o desgaste do gramado, que chegou a ser inteiramente trocado no início do Campeonato Brasileiro, após a empresa que faz a manutenção do campo aplicar um produto errado que matou a grama durante o Campeonato Paranaense.

Briga

O major Santos Neto defendeu a ação da PM na briga entre torcedores do Atlético no intervalo do clássico com o Coritiba. "Se não agíssemos rápido, ia virar uma praça de guerra", argumentou.

Mais uma vez, o oficial ressaltou a importância de os líderes das torcidas organizadas se conscientizarem de que tem que orientar seus membros a não brigarem, o que pode gerar risco para o clube, que pode ser punido na esfera da Justiça Esportiva, como de feridos entre os torcedores. "É inadmissível que tenhamos briga entre torcedores do mesmo time. Será que teremos que formar cordões de policiais entre torcedores da mesma equipe?", afirma o policial.

O árbitro da partida, Sandro Ricci, não relatou a briga na súmula. Entretanto, o Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) vai usar imagens da briga para abrir processo, o que pode gerar perda de mando ao Atlético de uma a dez partidas.

Durante o confronto entre as facções Fanáticos e Ultras, que atrasou o reinício da partida em 11 minutos, 11 torcedores foram presos. Todos foram encaminhados à delegacia móvel no estádio.

Três desses torcedores foram multados em R$ 300 e estão proibidos de assistir aos jogos do Atlético por três meses. Neste período, eles terão de se apresentar na sede principal da Polícia Militar uma hora antes das partidas e permanecer lá até uma hora depois.

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