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Vizinhos da Arena relatam momentos de tensão antes e depois do clássico

A movimentação de parte das torcidas de Coritiba e Atlético para o clássico de domingo foi sinônimo de violência, medo e prejuízo, especialmente nas imediações da Arena. Houve confrontos entre os rivais, entre torcedores e a polícia e com os próprios moradores.

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O torcedor campeão paranaense de 2009 terá bastante tempo para comemorar o título em seu estádio. Quem levar a taça no próximo domingo terá de permanecer por 1h30 no local do jogo após o apito final. Representantes dos clubes, da Federação Paranaense de Futebol (FPF), do Ministério Público do Paraná (MP-PR) e da Secretaria de Estado da Segurança Pública (Sesp) realizaram uma reunião ontem para estabelecer as medidas de segurança para a última rodada do campeonato estadual.

A intenção é evitar o confronto entre as torcidas curitibanas que se deslocarão ao mesmo tempo na capital. Todas as partidas na cidade foram marcadas para as 15h40: J. Malucelli x Paraná, no Ecoestádio; Atlético x Cianorte, na Arena; Coritiba x Nacional, no Couto Pereira. Os três mandantes permanecem com chances de chegar à taça.

"Por tudo o que passamos com a discussão sobre o regulamento, o campeonato está emocionante e empolgando as torcidas. Não podemos perder isso. Todos os jogos têm interesses e um resultado pode mexer com o outro", afirmou o presidente da FPF, Hélio Cury, em defesa à realização da rodada no mesmo horário.

Partidas simultâneas já haviam sido agendadas na primeira rodada do octogonal decisivo e foram alteradas por determinação da Secretaria de Segurança. Ontem, apesar de enviar um representante para o encontro com a FPF, MP-PR e clubes, o secretário Luiz Fernando Delazari não se pronunciou oficialmente sobre a medida. De acordo com a assessoria de imprensa do órgão, um posicionamento irá ocorrer durante a semana. Não está descartado o pedido para mudança de horário.

Na reunião, não foi ponderada a hipótese de o campeão ser o J. Malucelli. Caso em que o ínfimo grupo de torcedores do Jotinha teria de ficar retido no estádio, enquanto atleticanos, coxas-brancas e paranistas estariam ao mesmo tempo a caminho de casa.

Segundo o Procurador de Justiça Ciro Expedito Scheraiber, coordenador do Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Justiça de Defesa do Consumidor, o objetivo é garantir a festa das torcidas, sem o prejuízo à segurança dos torcedores e da população, tanto dentro quanto nos arredores dos estádios e terminais do transporte coletivo. Episódios de violência repetiram-se no Atletiba de domingo (leia texto abaixo).

Troféu

A reunião de ontem também definiu como será a entrega da taça de campeão. Como o título pode sair tanto na Arena, como no Couto Pereira ou no Janguito Malucelli, o diretor da FPF Amilton Stival decidiu acompanhar os jogos pela televisão em um ponto estratégico entre os três estádios. Ao fim da rodada ele se deslocará para o local da volta olímpica.

"Vou escolher um lugar e acompanhar o andamento das partidas pela televisão. Será no mínimo inusitado", comentou Stival.

Na decisão de 2008, após ter perdido o primeiro jogo por 2 a 0, no Couto Pereira, o Atlético, alegando motivos de segurança, enviou ofício à FPF solicitando que nem a taça nem as medalhas fossem entregues no jogo decisivo na Arena. Mesmo com a derrota por 2 a 1, o Alviverde foi campeão e improvisou um troféu para comemorar na casa do maior rival.

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