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A seleção brasileira masculina de basquete teve uma estreia extremamente difícil diante da Austrália. Mesmo contando com a equipe completa, incluindo aí a turma da NBA, o Brasil teve muita dificuldade em domar a força física dos adversários para vencer por 75 a 71. Além disso, o pequeno Mills (1,80 m) abusou da velocidade para envolver o alto garrafão do time de Rubén Magnano.

Passando apuro, tanto na defesa, permitindo a infiltração australiana, quanto no ataque, parando na boa marcação ao redor do garrafão, a equipe nacional só conseguiu tomar conta do placar quando faltavam 6 minutos e meio de jogo no segundo quarto. A fórmula para encontrar o rumo da vitória envolveu a participação coletiva do grupo, acertando principalmente o cerco defensivo, e contou com o efeito colateral da partida de contato imposta pela Austrália.

A opção pelo jogo físico acabou por minar os australianos em momentos importantes. Primeiro, o endiabrado Mills teve de sair de quadra por causa do alto número de faltas – já tinha três antes no início do terceiro quarto. Depois, o grandalhão Baynes (2,08 m), que vinha encestando uma atrás da outra, pagou o mesmo preço pela agressividade. O duelo teve 50 faltas – 26 deles, 24 nossas.

As substituições forçadas interromperam o ritmo do Kangaroo Team, que, quando voltou a se acertar, já estava bem prejudicado em termos de pontuação. Nos minutos finais, a Austrália ainda desembestou a acertar bolas da linha de três pontos e calibrou as infiltrações, esboçando uma reação que só não foi mais perigosa por falta de tempo. A esta altura, os brasileiros sentiam a pressão e se viam perdidos em quadra. Por sorte, deu para manter a dianteira.

A estreia vitoriosa mostrou que o time tem chances de brigar por pódio na competição e que o argentino Rubén Magnano acertou ao levar os jogadores da NBA para Londres. Nenê e Varejão foram importantíssimos no garrafão. Leandrinho, apesar de cometer erros infantis em momentos cruciais, como no fim do confronto, foi o cestinha do nosso lado com 16 pontos.

Individualmente, entretanto, quem mereceu os aplausos foi Marcelinho Huertas, do Barcelona. Jogou de maneira lúcida o tempo inteiro, marcado 15 pontos e distribuindo as bolas com responsabilidade, totalizando 10 assistências. Ditou o ritmo. Do outro lado, Mills foi fantástico, liderando as estatísticas de pontuação (fez 18), rebotes (7) e assistências (4) de sua equipe.

Dá para acreditar em pódio, basta o grupo não perder tão fácil a tranquilidade. Qualidade não falta.

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