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Matheus em ação nos tambores: velocidade e precisão | Aniele Nascimento/Gazeta do Povo
Matheus em ação nos tambores: velocidade e precisão| Foto: Aniele Nascimento/Gazeta do Povo

O paranaense Matheus Ma­­­­c­hado Costa é campeão mundial na prova de Três Tam­bores, uma modalidade de adestramento. O título foi conquistado em outubro na cidade de Yinchuan, na China, em parceria com a amazona paulista Bruna Tedesco. Aos 24 anos, o cavaleiro sabe que agora ganha um novo status na modalidade.

Ele está pré-convocado para competir o Mundial des­­te ano. Também pretende seguir se dedicando às provas nacionais, estas com premiações em dinheiro que chegam a R$ 30 mil ao campeão. "Em uma das categorias, fui campeão brasileiro com uma das éguas que não pude montar no nacional de 2012 porque estava machucada. Com ela, quero tentar o bicampeonato neste ano", conta Matheus, referindo-se à égua da raça appaloosa Must Be a Blue Love.

"Sou jovem e ainda tenho muito a desenvolver. Minha intenção agora é, em março, ir para os Estados Unidos para ampliar meu aprendizado no treinamento e adestramento dos cavalos", fala o cavaleiro, que não só ficou com o título, mas também estabeleceu o novo recorde mundial, com o tempo de 15s875.

Matheus brinca que praticamente nasceu no dorso de um cavalo. Não para menos: o pai também é treinador e a família tem um haras em São José dos Pinhais, onde nasceu. Ele monta desde os 4 anos e, aos 16, quando começou a também dar treinamentos para outros cavaleiros, decidiu que essa seria sua profissão. "Temos de saber como fazer o cavalo trabalhar como fosse um atleta, como fazer o melhor trabalho físico sem fadigá-lo, então, o desafio é estar sempre se atualizando", diz.

A prova de três tambores é disputada em concursos especialmente pelo interior do país e durante rodeios. A disputa desafia a habilidade do cavaleiro em conduzir a montaria no menor tempo possível em um percurso em que é necessário disparar em retas e contornar três tambores que formam um triângulo sem derrubá-los no menor tempo possível. Nas provas no Brasil, cada candidato monta os cavalos que treina.

No Mundial na China, porém, a organização da com­­­­­­­petição foi quem indicou que cavalos seriam usados nas baterias dos quatro dias de disputas entre equipes de 22 países. "O que nos fez mostrar ainda mais nossa habilidade de controle sobre os cavalos. Todo dia era uma surpresa diferente. Na final, contra a Venezuela, tinha um cavalo muito bom de montar e outro muito difícil, por exemplo, mas conseguimos fazer dois segundos abaixo deles", lembra o paranaense.

Até chegar à final, Mat­­he­­us e Bruna passaram por uma fase classificatória, na qual venceram os times de Hungria e Panamá; nas quartas, bateram a anfitriã Chi­­na; na semi, o Chile. Na decisão, derrotaram a Venezuela.

"Eu já tinha ido para a China em 2012 para promover uma competição. Fiquei três meses. Foi importante para me habituar com o clima, o ambiente do país. Gostei de lá, o pessoal foi muito receptivo e ajudou muito para essa segunda viagem que valeu o título", diz.

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