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Desempenho de Arthur Zanetti garantiu medalha ao Brasil. | Javier Etxezarreta/EFE
Desempenho de Arthur Zanetti garantiu medalha ao Brasil.| Foto: Javier Etxezarreta/EFE

A quarta medalha do Brasil no Pan de Toronto foi confirmada na noite de sábado (11), com a prata por equipes na ginástica masculina. Após três medalhas no judô, os ginastas comemoraram no Coliseu de Toronto resultado que já contavam como garantido à tarde.

Na primeira rotação (em que os ginastas se apresentam em seis aparelhos), os brasileiros Arthur Zanetti, Arthur Nory, Francisco Barreto Júnior, Caio Souza e Lucas Bitencourt ficaram atrás apenas dos Estados Unidos.

As equipes precisaram esperar mais cinco seleções se apresentarem à noite para confirmar a classificação final. E o pódio não se alterou, com ouro para os Estados Unidos, prata para o Brasil e bronze para a Colômbia.

Os cubanos, aparentemente os únicos que poderiam ameaçar as posições de Brasil e Colômbia no pódio, acabaram na quinta colocação.

Apesar do título inédito por equipes conquistado no Pan de Guadalajara-2011, os brasileiros comemoraram mesmo descendo um degrau no pódio pois, há quatro anos, os norte-americanos foram aos Jogos com uma equipe reserva. Em Toronto, a forte seleção dos Estados Unidos é a titular, com três medalhistas de bronze no Mundial de 2014.

“Os Estados Unidos estão com os ginastas que vão para o Mundial [na Escócia, em outubro]. Estou feliz em saber que estamos perto deles”, afirmou Arthur Zanetti. A diferença das notas dos ginastas brasileiros para os norte-americanos foi de 3,7 pontos no total.

“Aqui está 90% da seleção americana que vai para o Mundial [em outubro, na Escócia]. Estar perto deles é um bom sinal, mas eu quero é ganhar deles”, afirmou Marcos Goto, técnico da seleção brasileira.

O Brasil fez uma competição muito boa. Mas os árbitros estavam segurando um pouco a nota e todo mundo deu algum vacilo no solo”, diz Arthur Nory.

Individuais

O Brasil está classificado para todas as finais por aparelhos e para a final do individual geral.

Arthur Zanetti avançou nas argolas, Arthur Nory, no solo, Francisco Barreto Júnior e Lucas Bitencourt, no cavalo com alças, Caio Souza e novamente Nory, no salto, Caio e Francisco também nas barras paralelas, e, por fim, Nory e Lucas na barra fixa.

No individual geral, Caio Souza e Lucas Bitencourt vão representar o Brasil entre os 24 finalistas nesta segunda-feira (13). Por aparelhos, classificam-se oito ginastas para cada decisão. As decisões nos seis aparelhos acontecem terça e quarta.

Polêmica do tablado

Após perder a chance de ouro por equipes no Pan, o técnico da seleção masculina de ginástica artística, Marcos Goto, reclamou do piso para a prova de solo usado na competição.

“O tablado é diferente do que estamos acostumados no Brasil. É mais duro, os atletas têm que fazer mais força e chegam cansados no fim da apresentação [do solo]”, afirmou, ao justificar o mal desempenho da equipe no solo.

O chefe do time brasileiro de ginástica artística no Pan, Leonardo Finco, afirmou à Folha que este novo modelo de tablado já foi pedido ao Comitê Olímpico do Brasil (COB), mas ainda não foi comprado.

“Não é desculpa, ele não é ruim, mas todos ainda têm que se adaptar a esse tablado. A Gymnova [fabricante] fez este modelo diferente neste ano e nós ainda não tínhamos treinado nele. Já fizemos o projeto e pedimos para o COB colocar um dentro do CT no Rio. Esperamos que chegue em breve”, disse Finco.

Para o Mundial de outubro, na Escócia, o Brasil vai fazer os últimos treinamentos em Anadia, em Portugal, onde o tablado usado para o solo já é neste modelo com molas mais duras. Segundo Finco, nem mesmo os norte-americanos, que devem ser ouro no Pan, têm esse modelo em seu centro de treinamento. O Brasil se preparou para o Pan de Toronto em Colorado Springs, junto com a seleção dos Estados Unidos.

Erros

Foram os erros no solo, aparelho que já deu ao Brasil dois títulos mundiais, que tiraram do país a chance de ouro por equipes no Pan de Toronto. O time alcançou o título inédito em Guadalajara-2011.

Sem o especialista Diego Hypolito (contundido), os quatro brasileiros que competiram no solo cometeram algum erro no aparelho.

Lucas Bitencourt caiu sentado, Arthur Zanetti e Arthur Nory Mariano pisaram fora da área demarcada do tablado e Caio Souza se desequilibrou nas acrobacias, além de colocar o pé fora da marcação. Francisco Barreto Júnior não competiu no solo.

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