O Brasil estreia no bobsled dos Jogos de Sochi nesta terça-feira (17) já envolto em polêmica. Isso porque os dois trenós brasileiros - dupla feminina e quarteto masculino - chegam à competição fadados a brigar pelas últimas colocações, numa defasagem técnica e tecnológica muito grande em relação a potências como Canadá, Estados Unidos e Alemanha.
As primeiras a competir são as mulheres. Fabiana Santos e Sally Mayara serão as últimas a realizar a primeira descida da prova, competição que começa às 12h15 de Brasília nesta terça-feira. Depois, voltam a competir a partir das 13h20,para a segunda rodada de descidas. Outras duas estão marcadas para a quarta-feira.
Antes mesmo de competir elas já se defendem de possíveis críticas por resultados ruins. "O Brasil fez um trabalho duro e sério para obter essa classificação inédita. Passamos por um processo de classificação que não foi fácil, mas conquistamos esse direito. Temos total noção do que é representar o nosso país em uma edição de Jogos Olímpicos", comenta Fabiana Santos, piloto da dupla e dona da vaga olímpica.
Ao seu lado, terá Sally Mayara, oriunda do atletismo, e que faz o papel de brakewoman, responsável pelo maior impulso inicial e por frear o trenó ao fim da prova. "Eu gostei muito dessa pista, estou adorando os treinos. É uma pista muito técnica, que exige bastante dos pilotos, mas é muito boa. Minhas maiores características como atleta são a potência e velocidade. Amanhã [terça] tenho de usar o máximo das duas e é o que eu vou fazer", afirmou Sally.
No domingo, o trenó delas virou durante os treinos, com a piloto Fabiana e a reserva Larissa Antunes. As duas passaram por exames clínicos e de imagem que não indicaram qualquer problema. "Não fomos as primeiras a virar aqui em Sochi e nem seremos as últimas. Passamos por exames que comprovam que está tudo tranquilo e estamos liberadas para competir", explicou Fabiana.
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